Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2019
No começo do mês, a Microsoft lançou uma atualização para o Windows 10 que criou dois novos problemas para usuários da empresa. Um deles é que a tela de alguns computadores começou a ficar alaranjada sem motivo aparente. Contudo, a principal delas era uma modificação que fritava o uso de CPU de PCs.
A Microsoft já tinha lançado uma atualização para corrigir o problema das telas alaranjadas. Agora, ela lançou mais um update que promete corrigir o problema do uso elevado de CPUs.
A questão estava em um mecanismo chamado de SearchUI, voltado para buscas dentro do computador usando a Cortana. Em alguns casos, era possível notar que o recurso consumia até 40% da capacidade de processamento, criando lentidão no sistema.
O problema ocorreu na versão de update KB4512941, lançada para a Build 18362.329. Depois, contudo, ela lançou a atualização KB4515384. É essa que chega já com correção de ambos problemas citados neste texto.
Tela dobrável
Uma patente recém registrada pela Microsoft indica que a empresa tem seus próprios planos para o desenvolvimento de uma tela dobrável. O mecanismo adotado pela fabricante tem como destaque uma substância líquida para diminuir o impacto das aberturas frequentes.
Há pelo menos dois anos, a Microsoft trabalha no “Projeto Centaurus” com a intenção de construir uma tela dobrável. A empresa tem um evento Surface marcado para 2 de outubro, onde talvez possamos descobrir mais sobre seus projetos.
A patente indica que essa tecnologia não será exclusivamente usada em dispositivos da Microsoft, mas poderá ser licenciada para outras empresas de computadores, celulares e tablets. Mais fabricantes de PC, como a Dell e a Lenovo, estão trabalhando em suas próprias telas dobráveis, que devem estar prontas para lançamento em 2020.
Câmera com inteligência artificial
No começo de setembro, a Microsoft anunciou, em parceria com a empresa Qualcomm – produtora de chipsets para smartphones -, um kit denominado “Vision AI Developer” que inclui uma câmera com inteligência artificial. O sistema é próprio da Qualcomm, chamado “Vision Intelligence 300 Platform”, baseado no Linux, e a câmera também utiliza os serviços de nuvem e machine learning da Azure, serviço de computação em nuvem da Microsoft.
O software da câmera dispõe de uma solução ponta a ponta da Azure, e a inteligência artificial utilizada pode auxiliar para trazer respostas em ambientes comerciais. Por exemplo, a câmera consegue identificar se todas as pessoas no campo de visão estão utilizando capacete, ou se a prateleira de uma loja está com o estoque cheio. Isso acontece graças ao uso da inteligência visual – basta programar e o software responderá as dúvidas.
Esse é o primeiro produto originário da parceria entre a Microsoft e a Qualcomm, que foi anunciada em 2018. O produto, que possui um processador Qualcomm Snapdragon 603, tem 4 gigabytes de memória e uma capacidade de 64 gigabytes de armazenamento. A câmera de 8 megapixels permite gravar na definição 4K ultra-HD e a câmera pode ser conectada ao Wi-Fi, o que significa que as imagens e os vídeos podem ser transmitidos pela nuvem.
O Vision Intelligente 300 Platform também dispõe de uma entrada para cabos HDMI e USB, de forma que o usuário pode transferir as imagens por meio de cabos externos, caso não queira utilizar o compartilhamento por nuvem.
Outra companhia que desenvolveu uma câmera capaz de atuar por inteligência artificial foi a Amazon. A câmera de vídeo AWS DeepLens permite que desenvolvedores a programem por meio do machine learning, e permite que usuários também aprimorem seus próprios códigos.
O Vision AI Developer Kit já está sendo comercializado, e custa a partir de 249 dólares – 1.012,06 reais, em conversão direta.