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Brasil A morte aos 86 anos de Roberto Farias, diretor de “Pra frente, Brasil”

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O cineasta, produtor e distribuidor Roberto Farias. (Foto: Reprodução)

O cineasta, produtor e distribuidor Roberto Farias morreu nesta segunda-feira (14), aos 86 anos, no Rio de Janeiro. De acordo com a Central Globo de Comunicação, o realizador de clássicos como “O assalto ao trem pagador” (1962) e de várias chanchadas estava internado no hospital Copa Star, em Copacabana, onde fazia tratamento contra um câncer. As informações são do portal de notícias G1 e do jornal O Globo.

Um dos clássicos de Roberto Farias, “Pra frente Brasil” conquistou o prêmio máximo do Festival de Gramado, em 1982, e representou o Brasil no Festival de Berlim no ano seguinte. Selecionado para exibição na semana dos realizadores do Festival de Cannes 82, o filme – um dos primeiros a retratar a repressão da ditadura militar brasileira (1964–1985) de forma aberta – teve sua cópia apreendida por ordem do então embaixador do Brasil na França, que alegou o fato de se tratar de uma coprodução com a Embrafilme, empresa governamental. Dentro da própria Embrafilme, que Roberto Farias presidiu entre 1974 e 1979, o assunto provocou uma grave crise, que motivou a demissão de seu presidente à época, Celso amorim, por ter aprovado o roteiro e concedido 35% do financiamento para a produção. O filme só estreou no Brasil, sem após uma batalha de oito meses com a censura.

De acordo com familiares, Roberto Farias deixa quatro filhos, dez netos e já era bisavô.

Nascido em 1932, Roberto Figueira de Farias é irmão do ator Reginaldo Faria e tio do também ator Marcelo Faria – o “s” a mais no sobrenome foi devido a um erro durante registro no cartório.

Chegou ao Rio para cursar Belas Artes e acabou indo trabalhar na Atlântida Cinematográfica. A produtora se tornou um marco no cinema nacional e lançou mais de 60 filmes no meio do século passado, com destaque para as chanchadas – produções baratas e de grande apelo popular.

Farias tem no currículo mais de 25 filmes como produtor e diretor. De 1957 a 1960, fez seus primeiros quatro longas: “Rico ri à toa” (1957), “No mundo da lua” (1958), “Cidade ameaçada” (1959) e “Um candango na Belacap” (1960).

O cineasta dirigiu ainda sucessos de público como “Os paqueras” (1968), “Roberto Carlos e o diamante cor de rosa” (1968) e “Roberto Carlos a 300 quilômetros por hora” (1971).

Também trabalhou na TV, onde dirigiu minisséries como “As Noivas de Copacabana” e “Memorial de Maria Moura”. Também foi responsável por episódios do programa “Você decide”.

Em nota, a Secretaria municipal de Cultura do Rio de Janeiro e a RioFilme lamentaram a morte de Roberto Farias: “Desde a década de 1950, Farias escreveu seu nome no hall de grandes realizadores do cinema nacional. Como diretor, produtor e distribuidor, levou entretenimento e reflexão a milhões de espectadores. A Roberto Farias, nosso aplauso e homenagem. À família, nossos sinceros pêsames”.

O presidente Michel Temer também usou a rede social para falar da morte do cineasta: “Diretor de 25 filmes, de chanchadas a clássicos, Roberto Farias nos deixou hoje. Teve participação importante no cinema brasileiro, nos sets de filmagens e na gestão do setor. Minha homenagem à família, amigos e colegas”.

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https://www.osul.com.br/a-morte-aos-86-anos-de-roberto-farias-diretor-de-pra-frente-brasil/ A morte aos 86 anos de Roberto Farias, diretor de “Pra frente, Brasil” 2018-05-14
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