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Política A Netflix e Flávio Bolsonaro batem boca no Twitter

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Até o momento a Netflix não se pronunciou sobre a tréplica do deputado do Rio de Janeiro, que, por sua vez, especula que o "estagiário" recebeu ordens para ficar calado. (Foto: Reprodução)

A polêmica a respeito do suposto boicote à série O Mecanismo produzida pela Netflix ainda vem rendendo algum pano para manga. Desde que a campanha foi levantada na última sexta-feira, alguns usuários e até mesmo profissionais da mídia declararam que cancelariam suas assinaturas e não mais consumiriam os shows da plataforma.

Na terça-feira, porém, um comentário de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) em sua conta pessoal do Twitter requentou a controversa discussão. O deputado estadual comentou que o serviço de streamings se mostrou interessado em produzir uma série sobre Jair Bolsonaro, de maneira semelhante ao que foi feito com O Mecanismo.

Algum tempo depois, porém, a conta oficial da Netflix no Brasil respondeu à publicação e desmentiu a afirmação do parlamentar. A mensagem da plataforma de streamings veio repleta de ironia e baseada em um meme da internet. A réplica, claro, viralizou e, até o momento, já foi compartilhada 81 mil vezes, além de render milhares de comentários com GIFs e montagens.

No entanto, o filho de Bolsonaro rebateu à resposta do serviço de streamings divulgando que possui testemunhas que poderiam comprovar que a companhia, de fato, procurou pelo deputado e que marcou até mesmo reuniões para colocar o projeto em prática.

Até o momento a Netflix não se pronunciou sobre a tréplica do deputado do Rio de Janeiro, que, por sua vez, especula que o “estagiário” recebeu ordens para ficar calado.

Boicote

Antes do lançamento de O mecanismo, uma profecia já era certa. A série da Netflix, a segunda brasileira de ficção desenvolvida pelo serviço de streaming, dividiria o público, tal como a polarização da sociedade brasileira dos últimos anos. Com oito episódios, a produção de José Padilha (Tropa de elite 1 e 2, Narcos) estreou no catálogo na sexta-feira (23/3) e, desde então, tem sido alvo de boicote de parte dos assinantes que acusa o seriado de criar e propagar “fake news (notícias falsas)”. A trama é livremente – termo utilizado repetidas vezes por Padilha, roteirista, diretores e elenco em eventos para promover a obra – inspirada nos acontecimentos da operação Lava-Jato, a partir do livro Lava Jato: O juiz Sergio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil, do jornalista da Globo Vladimir Netto.
Um dos problemas que impulsionou a polêmica se encontra no quinto episódio, cujo título é Olhos vermelhos. Uma cena reproduz o diálogo entre o senador Romero Jucá (PMDB) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (“Precisamos estancar a sangria” é a frase de autoria de Jucá para viabilizar um acordo e interromper a Lava-Jato), que se tornou conhecido em 2016, após vazamento para a imprensa de uma gravação. Mas a produção atribui a fala ao personagem de Lula, que, embora não leve o nome do petista na série, é facilmente associável ao ex-presidente. A cena rendeu comentários negativos na internet e provocou o cancelamento de algumas assinaturas.
Outro momento alvo de questionamento é que a série começa a partir do escândalo do Banestado, ocorrido durante o governo FHC. Contudo, a adaptação transpõe a falcatrua para 2003, primeiro ano do governo Lula, quando o doleiro Roberto Ibrahim (o “Alberto Yousseff” da ficção) foi investigado, firmou acordo de colaboração com o Ministério Público e ganhou liberdade. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) se manifestou sobre o caso. “A propósito de contar a história da Lava-Jato, numa série ‘baseada em fatos reais’, o cineasta José Padilha incorre na distorção da realidade e na propagação de mentiras de toda sorte para atacar a mim e ao presidente Lula. A série O mecanismo, na Netflix, é mentirosa e dissimulada. O diretor inventa fatos. Não reproduz ‘fake news’. Ele próprio tornou-se um criador de notícias falsas”, criticou em artigo no Facebook.

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