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Brasil A nova procuradora-geral da República enfatizou em seu discurso a necessidade de o Ministério Público combater a corrupção e também defender os direitos das minorias

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A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge. (Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR)

A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, 56 anos, tomou posse na manhã desta segunda-feira (18) em cerimônia na sede da PGR (Procuradoria-Geral da República) com a presença do presidente Michel Temer. Ela defendeu a “harmonia entre os Poderes” como requisito para a estabilidade do País.

Ela defendeu o combate à corrupção de forma genérica, mas não citou especificamente a Operação Lava-Jato. O ex-procurador-geral Rodrigo Janot não participou da solenidade, como ele já havia antecipado. Dodge enfatizou em seu discurso de posse, que teve um tom sóbrio, a necessidade de o Ministério Público combater a corrupção, mas também defender, com igual ênfase, os direitos humanos e de minorias – como indígenas –, zelar pela liberdade religiosa e cuidar do meio ambiente.

Ao lado do presidente Temer, da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), e dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), Dodge disse que a “harmonia entre os Poderes” é fundamental para a estabilidade. Entre as autoridades sentadas à mesa ao lado de Dodge, somente Cármen Lúcia não é alvo de investigação.

O Ministério Público posta-se ao lado dos cidadãos para cumprir o que lhe incumbe claramente a Constituição de modo a assegurar que todos são iguais e todos são livres, que o devido processo legal é um direito e que a harmonia entre os Poderes é um requisito para a estabilidade da nação”, discursou Dodge, que terá mandato de dois anos.

“Não nos têm faltado os meios orçamentários, nem os instrumentos jurídicos necessários para fazer cumprir a Constituição. Estou certa de que o Ministério Público continuará a receber do Poder Executivo e do Congresso Nacional o apoio indispensável ao aprimoramento das leis e das instituições republicanas e para exercício das nossas atribuições”, disse.

Para a nova procuradora-geral, “o país passa por um momento de depuração” que exige harmonia institucional. “Os órgãos do sistema de administração da Justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto.”

O Ministério Público instituído pela Constituição de 1988 tem a obrigação de exercer, com igual ênfase, a função criminal e a de defesa de direitos humanos”, afirmou, citando a violência urbana e rural, as altas taxas de homicídio, as falhas na qualidade das escolas, a pobreza, a questão indígena e a liberdade religiosa.

O mote de que o Ministério Público tem outras obrigações além de combater a corrupção foi retomado em diferentes partes do discurso. Apesar da falta de menção à Lava Jato, ela não deixou de dedicar uma parte de sua fala ao enfrentamento à corrupção. Católica, ela citou o papa Francisco, além da poeta Cora Coralina (1889-1985), que era goiana como ela.

O papa Francisco nos ensina que ‘a corrupção não é um ato, mas uma condição, um estado pessoal e social no qual a pessoa se habitua a viver (…) A corrupção faz perder o pudor que protege a verdade, a bondade e a beleza’”, disse.

Para Dodge, o povo “mantém a esperança em um país melhor, interessa-se pelo destino da nação, acompanha as investigações e julgamentos, não tolera a corrupção e não só espera, mas também cobra resultados”.

“Recebo com humildade o precioso legado de serviço à pátria, forjado pelos procuradores-gerais da República que me antecederam (…) Cumprimento o procurador-geral Rodrigo Janot por seu serviço à nação”, disse Dodge, primeira mulher a ocupar o cargo.

Escolhida por Temer após ficar em segundo lugar na lista tríplice encaminhada ao presidente pelos procuradores, a nova procuradora-geral é vista na Procuradoria como adversária de Janot.

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