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Brasil A Operação Lava-Jato devolveu os telefones e os computadores apreendidos do Instituto Lula em 2016

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A Lei da Ficha Limpa bane condenados por um prazo de oito anos após o fim da pena. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Três anos depois de realizar uma operação de busca e apreensão no Instituto Lula e na casa do ex-presidente e de seus filhos, em 2016, a Lava-Jato devolveu os materiais que foram levados pelos policiais. Foram entregues de volta telefones e computadores. Os iPads dos netos e discursos de Lula já tinham sido devolvidos há mais tempo —quando o petista reclamou da demora numa audiência com o então juiz Sérgio Moro. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

Palocci diz que Lula sabia que seria alvo da Lava-Jato

O ex-ministro Antonio Palocci disse em delação premiada que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia antecipadamente da 24ª fase da Operação Lava-Jato, na qual foi conduzido coercitivamente (quando a pessoa é levada à força para depor), em março de 2016.

O termo de depoimento da delação do ex-ministro faz parte de uma investigação sobre o vazamento dessa fase da operação. Conforme o depoimento, Paulo Okamoto e Clara Ant, presidente e assessora do Instituto Lula, ficaram sabendo que ocorreria uma operação contra o ex-presidente, mas sem saber se seria cumprida prisão ou condução coercitiva.

Segundo Palocci, Okamoto informou que teria “feito uma limpa” na casa dele em Atiabaia (SP), assim como Clara. O ex-ministro afirmou também que eles lamentaram o fato de que Lula não tenha feito o mesmo e que por isso foram encontrados documentos comprometedores na casa do ex-presidente e no sítio em Atibaia.

Ainda segundo Palocci, documentos importantes não foram aprendidos na sede do instituto e na casa de assessores do ex-presidente do local. Ele disse ter tratado com Clara sobre um HD que ela tinha e no qual estavam guardados registros de todas as reuniões oficiais feitas por Lula nos dois governos. De acordo com o ex-ministro, ela informou que o HD não foi levado pela polícia e que teve o cuidado de deixá-lo em outro lugar.

Vazamento da operação

De acordo com as investigações, a auditora da Receita Federal Rosicler Veigel, que atuava na força-tarefa da Lava-Jato, disse à PF (Polícia Federal) que, em fevereiro de 2016, contou ao então namorado, o jornalista Francisco José de Abreu Duarte, que uma “bomba” relacionada ao ex-presidente Lula estava prestes a “estourar”.

Ela disse que naquela ocasião tinha levado para casa cópias das decisões que teve acesso, sobre a operação em que Lula seria alvo. No entanto, negou que tenha entregue os documentos a Abreu. A auditora disse que foi ele quem retirou os documentos da bolsa, sem que ela soubesse.

O jornalista confirmou que vazou as informações sobre a operação para o dono do Blog da Cidadania. No entanto, Duarte negou que as informações tenham partido de Rosicler e invocou o direito constitucional para proteger a fonte.

O inquérito foi concluído pela PF, em 16 de janeiro. Com o indiciamento, o inquérito foi para o MPF (Ministério Público Federal) que avalia se oferece ou não denúncia à Justiça.

Em depoimento, Duarte disse que ficou com uma cópia da decisão judicial sobre Lula que estava na bolsa de Rosicler. Ele contou que precisava fazer alguma coisa a respeito e considerou que tudo vazava na Operação Lava-Jato.

Por isso, conforme o depoimento, algo do “outro lado” também tinha que vazar. O jornalista afirmou que nunca se arrependeu da divulgação da decisão para o blog.

No depoimento, Palocci disse que em 2016 o ex-presidente o chamou para um encontro no Instituto Lula e perguntou se ele poderia assumir o pagamento das reformas feitas no sítio em Atibaia.

O ex-ministro relatou que negou por achar que a polícia descobriria e pelo fato de que não existiram grandes saques em espécie para justificar o pagamento das reformas. Na quarta-feira passada (6), Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na ação que investigou as reformas na propriedade.

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