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Mundo A organização responsável pelo prêmio Nobel vive uma crise com um caso de assédio sexual e o vazamento dos nomes de vencedores

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Os troféus que foram entregues aos premiados com o Nobel no jantar de gala de 2017. (Foto: Alexander Mahmoud/Academia Sueca)

Uma crise se instalou na Academia Sueca, que seleciona os vencedores do Prêmio Nobel. Três integrantes do comitê que escolhe o Nobel de literatura renunciaram aos seus assentos em protesto contra a condução de um caso envolvendo o marido de um de seus membros. Além de ser acusado de vazar os nomes dos vencedores do prêmio, pesam sobre ele múltiplas acusações de assédio sexual. As informações são do jornal O Globo e das agências internacionais de notícias.

Jean-Claude Arnault, diretor de um badalado centro cultural em Estocolmo e marido da escritora Katarina Frostenson, que integra o comitê da Academia Sueca desde 1992, é acusado de assédio e agressão sexuais por 18 mulheres, segundo reportagem do jornal sueco “Dagens Nyheter”. Os casos teriam ocorrido entre 1996 e 2017, mas uma investigação policial descartou recentemente as ocorrências situadas entre 2013 e 2017. Ele nega as acusações.

Além disso, Arnault teria divulgado os nomes dos vencedores do Nobel de Literatura várias vezes. As acusações foram feitas em novembro do ano passado, antes do anúncio do vencedor do Nobel de Literatura, o escritor japonês Kazuo Ighiguro. Em seguida, a Academia cortou todos os laços com ele: proibiu sua entrada na cerimônia de entrega do prêmio e cortou a verba que injetava no centro cultural que dirige.

Os dois casos acabaram atingindo Katarina, cuja permanência no comitê literário da Academia foi decidida em votação pelos outros 17 integrantes do corpo. A decisão de não expulsá-la contrariou outros três membros, os escritores Klas Ostergren e Kjell Espmark, e o ex-secretário permanente da Academia Sueca Peter Englund, que decidiram renunciar aos seus assentos. Como são membros vitalícios, tecnicamente não poderiam se desvincular da Academia.

Precedentes

Há alguns precedentes, no entanto. Em 1989, três acadêmicos renunciaram em protesto contra a Academia não ter denunciado a sentença de morte ao escritor Salman Rushdie, após a publicação do livro “Os versículos satânicos”. A Academia não aceitou a renúncia deles. Em 2005, o escritor Knut Ahnlund renunciou por não concordar com a decisão de premiar o autor austríaco Elfriede Jelinek no ano anterior. Sem frequentar a Academia desde 1996, o assento ficou vago até sua morte, em 2012.

A atual secretária permanente da Academia, Sara Danius, disse em entrevista a veículos suecos que as regras estão sendo revistas para que se possa permitir a renúncia e a substituição dos acadêmicos insatisfeitos.

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