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Mundo A participação de jovens em eleição dos Estados Unidos teve um salto histórico

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Levantamento aponta mais de 900 mensagens ameaçadoras ou hostis dirigidas a funcionários eleitorais nos EUA desde as eleições de 2020. (Foto: Reprodução)

O comparecimento de jovens de 18 a 29 anos nas eleições de meio mandato presidencial nos Estados Unidos teve um salto histórico em relação a 2014 e pode ter sido a maior desde 1982. A estimativa é do The Center for Information and Research on Civic Learning and Engagement (Circle, na sigla em inglês), organização focada no público jovem. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Nas eleições da última terça (6), os democratas retomaram a Câmara dos Deputados, enquanto os republicanos ampliaram seus assentos no Senado.

Os dados finais de participação só devem ser conhecidos em alguns meses, quando terminarão de ser compilados todos os votos antecipados – em alguns estados, como na Califórnia, o eleitor pode enviar seu voto pelos correios até alguns dias após a eleição.

Há também recontagens acontecendo em lugares como a Flórida, onde o democrata Bill Nelson questiona o resultado que deu a vaga no Senado ao republicano Rick Scott.

Ainda assim, o centro estima que a participação de jovens deve ter alcançado a marca de 31% dos que estavam habilitados para votar, pouco abaixo dos 31,7% de 1982. Nas chamadas midterms de 2014, o percentual final foi de 20%.

Esse voto jovem foi majoritariamente para o lado democrata, segundo pesquisas de boca de urna analisadas pela mesma organização. Pelos resultados, 67% votaram em candidatos democratas na Câmara dos Deputados, enquanto 32% escolheram um republicano —diferença de 35 pontos percentuais.

Em 2014, a distância foi de cerca de dez pontos percentuais: 54% votaram em democratas e 43%, em republicanos.

Maggie Thompson, diretora executiva da Generation Progress, que busca mobilizar jovens, avalia que a participação expressiva foi a forma encontrada por esse público de manifestar seu descontentamento com os rumos dos EUA.

“Foi absolutamente uma rejeição à agenda [do presidente Donald] Trump. Para os jovens, foi central a questão de imigração, assim como algumas tendências terríveis que estamos vendo no país, como o nacionalismo”, diz.

“Foi um assunto muito forte na cabeça dos eleitores, tanto democratas quanto republicanos. E, especificamente sobre os jovens, eles podem ter se sentido motivados por terem visto seus amigos e comunidades ameaçados”, afirma Thompson.

Para Kei Kawashima-Ginsberg, diretora do Circle, a nova geração é mais politizada e decidiu fazer parte da mudança que quer ver na política.

Muitos desses jovens viram pessoas de sua idade passarem por experiências traumáticas, como nos ataques a escolas americanas neste ano, em especial Parkland, na Flórida, e Santa Fé, no Texas.

“Vários grupos foram às urnas expressar suas opiniões sobre imigração, raça e assuntos que os tocam. Houve solidariedade em grupo”, diz.

Quando o universo abrange todos os eleitores, também houve aumento expressivo no comparecimento em relação às midterms anteriores.

Projeções do United States Election Project indicam que o número final de comparecimento ficará ao redor de 48%, acima dos 36,7% de 2014 e dos 41,8% quatro anos antes – historicamente, o número é menor que nas eleições presidenciais, quando gira em torno de 60%.

Os 48% – que representam mais de 110 milhões de eleitores – também seriam o maior nível de participação numa midterm desde 1966, quando 49% dos aptos a votar foram às urnas. Esse aumento já vinha sendo desenhado pelos números divulgados de votação antecipada.

Levantamento da emissora NBC mostrou que 35 milhões de votos foram computados no país até a última segunda (5), um dia antes da data marcada para a votação. Em 2014, havia menos de 20 milhões no mesmo intervalo.

Esses votos foram divididos quase igualmente entre os dois partidos: 42% foram para republicanos e 41%, para democratas. Outros 17% foram para independentes ou candidatos de outros partidos.

Em alguns estados, a participação ficou no nível observado nacionalmente nas eleições presidenciais. No Kansas e em Minnesota, mais de 60% compareceram. No primeiro, o conservador Kris Kobach perdeu o governo para a democrata Laura Kelly.

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