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Mundo A passagem de um asteroide perto da Terra servirá como um exercício de defesa planetária

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Reprodução do 2012 TC4 que passará perto da Terra nesta quinta-feira. (Foto: NASA/JPL-Caltech)

A passagem de um pequeno asteroide próximo da Terra, nesta quinta-feira (12), permitirá que os cientistas se preparem para a possibilidade de um destes objetos representar, eventualmente, uma ameaça real ao planeta. Ainda que esse acontecimento seja algo “bastante frequente”, o que faz deste “um evento especial” é que a rocha será objeto de um “exercício de defesa planetária”, segundo Michael Kelley, da divisão de Estudos de Planetas da Nasa, a agência espacial americana.

Segundo Detlef Koschny, um especialista da Agência Espacial Europeia (Esa, na sigla em inglês), a passagem do asteroide “não é preocupante”. “Mas aproveitaremos para nos prepararmos. Assim, o dia em que chegue um objeto verdadeiramente perigoso, teremos nos preparado várias vezes antes”, disse ele, à AFP.

O trabalho está sendo coordenado pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, em conjunto com a Nasa, a Esa e vários observatórios do mundo.

O asteroide, que tem o tamanho de uma casa de 15 a 30 metros, segundo Koschny, gira ao redor do sol em 609 dias. Ele foi descoberto em 2012, mas não foi observado nos últimos cinco anos. Detectado novamente neste ano pelo telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul, no Chile, sua passagem permitirá aos astrônomos calcular com precisão sua trajetória.

Dessa forma, os cientistas determinaram que em sua próxima passagem perto da Terra, em 2050, sua órbita terá sido modificada e que não ele provocará impacto contra o planeta. No entanto, não os especialistas não descartam uma colisão em 2079.

Vários observatórios no mundo direcionarão seus telescópios para o asteroide quando se aproximar da Terra. Ele aparecerá como um pequeno ponto brilhante, cuja velocidade relativa em relação ao planeta será, nesse dado momento, de 7,3 quilômetros por segundo. Com isso, os especialistas enviarão suas informações aos centros de gestão de situações de emergência. “Veremos, então, se os dados que os enviarmos são compreendidos devidamente, se são claros ou se há que melhorar as coisas”, afirmou Koschny.

O asteroide não será visível a olho nu, mas os interessados em observá-lo que tenham telescópios podem tentar a sorte de capturar algumas imagens. Quando ele estiver mais próximo à Terra, a Austrália será o local de melhor visualização, às 5h41min desta quinta-feira (horário local).

A previsão da Nasa, divulgada em agosto, era que o objeto passasse a uma distância de, no mínimo, 6.600 quilômetros do planeta. No entanto, a estimativa mudou, e o 2012 TC4 se deslocará entre a Terra e a Lua a uma distância mínima de 44 mil quilômetros, maior do que a dos satélites geoestacionários de telecomunicações em órbita, que é de 36 mil quilômetros.

O objeto tem um tamanho similar ao meteorito de 20 metros de diâmetro que se desintegrou sobre a cidade de Chelyabinsk, no centro da Rússia, em fevereiro de 2013.

Ao perceber um ponto luminoso no céu, os moradores correram para as janelas ver o que estava acontecendo, mas a onda de choque provocou explosões. Mais de 1.300 pessoas ficaram feridas. Se o asteroide 2012 TC4 pudesse causar um impacto contra a Terra, não teria sido necessário esvaziar a cidade de imediato, mas simplesmente “avisar a população para se afastar das janelas”, de acordo com Koschny.

 

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https://www.osul.com.br/a-passagem-de-um-asteroide-perto-da-terra-servira-como-um-exercicio-de-defesa-planetaria/ A passagem de um asteroide perto da Terra servirá como um exercício de defesa planetária 2017-10-10
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