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Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2015
O PT aprovou nessa quinta-feira documento em que, apesar das críticas à política econômica da presidenta Dilma e ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suavizou os ataques ao peemedebista e ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que têm sido feitos nos bastidores do partido.
Embora siga a orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em poupar Cunha, a sigla manteve no texto final aprovado em reunião do diretório nacional do PT a avaliação de que o presidente da Câmara e a ala conservadora do PMDB flertam com o impeachment presidencial.
A avaliação de dirigentes do PT que estiveram no encontro é de que houve recuo no tom adotado tanto por Lula, quanto pelo presidente do PT, Rui Falcão, que fizeram discursos conciliadores.
No dia 18 deste mês, Falcão foi taxativo ao afirmar que Levy deveria deixar o cargo caso não estivesse disposto a mudar os rumos da economia. Os dirigentes acreditavam que esse discurso, mais agressivo, ditaria o tom da resolução dessa quinta-feira, mas isso não aconteceu.
Os líderes petistas também notaram mudanças na manifestação de Lula, que sempre foi um dos maiores críticos a Levy e chegou a sugerir a substituição do ministro a Dilma, afirmando que ele tinha prazo de validade. O ex-presidente pediu paciência do partido e disse que não adianta trocar o ministro para fazer a economia melhorar. (Folhapress)