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Brasil A Petrobras quer que o primeiro deputado julgado na Operação Lava-Jato devolva 34 milhões de reais

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O deputado Nelson Meurer é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

No julgamento da ação penal da Operação Lava-Jato em que o deputado Nelson Meurer (PP-PR) e seus filhos são réus, a Petrobras pediu que eles sejam condenados a pagar pelo menos R$ 34,2 milhões à estatal. Esse foi o valor supostamente desviado da empresa que foi para os bolsos do parlamentar e de sua família. É o primeiro caso da Lava-Jato analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O julgamento na Segunda Turma da Corte começou por volta das 14h30min desta terça-feira (15).

Segundo as investigações, o delator e ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e a cúpula do PP receberam, entre 2006 e 2014, R$ 357,9 milhões em recursos desviados de contratos de empreiteiras com a estatal. Um dos maiores beneficiados com o esquema de desvios teria sido Meurer. No período, ele teria recebido R$ 29,7 milhões.

De acordo com a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), Meurer também obteve, em 2010, “repasses extraordinários” para financiar sua campanha à reeleição na Câmara dos Deputados. Por meio do doleiro Alberto Youssef, teriam sido entregues R$ 4 milhões em espécie ao deputado. Além disso, a construtora Queiroz Galvão teria transferido R$ 500 mil a Meurer em dois repasses. Para a PGR, tratava-se de “propina disfarçada de doação eleitoral oficial”.

Ao somar tudo, se chega aos R$ 34,2 milhões solicitados pelo advogado da Petrobras, André Tostes. Se o pedido da defesa for atendido, esses valores deverão ser corrigidos monetariamente.

“A fixação do montante mínimo, de R$ 34,2 milhões em favor expresso e exclusivo à Petrobras, é medida consectária da sua personificação jurídica que indica claramente que o prejuízo suportado pelos desfalques foi exclusivamente dela. Os recursos da Petrobras foram a fonte do dinheiro que proporcionou aos réus uma verdadeira fortuna constituída”, disse Tostes.

Em documento apresentando na segunda-feira (14) ao STF, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, aponta que, em troca da propina, Meurer teria oferecido apoio para a permanência de Paulo Roberto Costa no cargo da Petrobras.

“Foi justamente neste contexto de recebimento de vultosas quantias de dinheiro em detrimento dos cofres da Petrobras em troca da concessão de apoio político à permanência de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento daquela entidade que Nelson Meurer, com o auxílio de Nelson Meurer Júnior e Cristiano Augusto Meurer, praticou os crimes de corrupção passiva que lhe são imputados nos autos da ação penal”, afirmou.

O advogado Alexandre Jobim, que defende Nelson Meurer, disse que a Petrobras está correta em tentar ser ressarcida. Mas ponderou: “ela (Petrobras) foi lesada, mas não foi lesada por Nelson Meurer.“

 

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