Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de março de 2019
A polícia do Rio de Janeiro apreendeu na segunda-feira (18) um adolescente que planejava um atentado a uma escola pública da cidade, informou a Polícia Civil fluminense. O adolescente foi detido em uma grande operação em uma favela do centro que contou até com o uso de um helicóptero. O jovem já tinha dito a pessoas próximas e alunos da escola, da qual foi expulso, que planejava o atentado. As informações são do jornal Extra.
O ataque estava planejado para esta quarta-feira, um mês antes do aniversário de 20 anos do massacre em uma escola em Columbine, no Estado norte-americano do Colorado, que deixou 15 mortos.
Nas redes sociais, o jovem também já tinha feito menção ao ataque e citou também o ataque da semana passada em Suzano (SP), em que dois jovens mataram 7 pessoas numa escola, da qual eram ex-alunos, e se mataram. Antes, haviam assassinado o dono de uma locadora de veículos da cidade
Em comunicado, a Polícia Civil informou que a apreensão do jovem ocorreu “após conhecimento que ex-aluno de estabelecimento escolar localizado na Praça da Bandeira estava veiculando mensagens sobre um atentado que iria cometer no seu antigo colégio, exibindo fotografia de arma de fogo e detalhes da ação, inclusive a sua rota de fuga, pois não iria se matar como o ocorrido na cidade de Suzano”.
O jovem apreendido nesta segunda também frequentava canais subterrâneos da internet frequentados por amantes de armas e fóruns de pessoas que admiram e planejam atentados.
De acordo com a polícia, o computador do jovem foi apreendido e nele foram encontradas referências ao massacre de Columbine.
Goiás
Já a Polícia Civil de Goiás apreendeu, também na segunda-feira, um adolescente de 17 anos suspeito de planejar um ataque a uma escola na cidade de Pontalina, na região sul do estado. De acordo com uma nota divulgada pela Polícia Civil, o adolescente admitiu, em depoimento, que pretendia executar um massacre na escola em que estudava, e que somente não havia realizado o ataque, porque não tinha acesso a uma arma de fogo por repetição.
Foi apreendida na casa dele uma arma de fogo, que pertencia ao seu pai. Ele ressaltou, contudo, que essa arma não servia para o seu plano por não ser de repetição. Também foram apreendidos um arco, flechas, uma máscara, uma capa e uma bota – ele disse que usaria a capa e a bota no ataque.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente justificou sua intenção alegando que sofria bullying. Ele também disse que as pessoas vivem em um “inferno” e que estaria livrando-as desse sofrimento ao matá-las. Ele disse que não tinha medo da reprovação social ou de se arrepender, porque pretendia se matar em seguida.
Segundo o adolescente, um massacre ideal é com o maior número de vítimas possíveis. Ele citou o ataque ocorrido na sexta-feira na Nova Zelândia, que deixou 50 mortos, como um exemplo positivo.