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Brasil A Polícia Federal fará uma perícia no banco de dados da empreiteira Odebrecht para investigar sobre supostos repasses de propina aos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados

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Eunício Oliveira e Rodrigo Maia são suspeitos de favorecer a empresa. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) solicitou ao seu setor de perícias a realização de uma análise nos sistemas Drousys e o Mywebday dos bancos de dados da empreiteira Odebrecht. O objetivo é verificar supostos registros de pagamentos de propina aos presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em troca de benefícios em medidas provisórias no Congresso Nacional.

O ofício comunicando a realização das análises foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela delegada Graziella Balestra, que conduz as apurações do caso. As perícias também abrangerão outros supostos repasses ao senador Romero Jucá (MDB-RR) e ao deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), investigados no mesmo inquérito.

Com a medida, a PF busca comprovar se os pagamentos aos quatro políticos foram efetivamente realizados, conforme relatado nas delações premiadas de executivos da Odebrecht.

A delegada frisou, em seu pedido, que deverão ser destrinchados pagamentos de R$ 2,1 milhões ao codinome Índio, “provavelmente relacionado à pessoa do senador Eunício Oliveira”, e de R$ 100 mil ao codinome Botafogo, “provavelmente relacionado à pessoa do deputado federal Rodrigo Maia”.

Dentre os alvos do trabalho está a identificação de mensagens internas da Odebrecht com os responsáveis por fazer a entrega dos recursos indevidos.

A delegada solicita a identificação de quatro itens relacionados aos pagamentos de propina: negociações para realização do pagamento de valores em sistema de contabilidade paralela, previsões ou cronogramas, comprovação efetiva dos pagamentos realizados e tratativas para realização dos pagamentos dos valores, locais e senhas.

Quarteto

O inquérito investiga se Maia, Eunício, Jucá e Lúcio Vieira Lima receberam pagamentos da Odebrecht em troca de atuar em favor dos interesses da empresa na votação de uma medida provisória no Congresso Nacional que reduzia tributos para o setor petroquímico – de interesse direto da Braskem, controlada pela Odebrecht.

Em janeiro, a imprensa revelou que Rodrigo Maia esteve na sede da Odebrecht no Rio de Janeiro em 2010 no mesmo dia em que o sistema de contabilidade paralela da empreiteira registrava um pagamento de caixa 2 à campanha eleitoral de seu pai, César Maia.

Rodrigo seria o responsável por negociar esse pagamento com o diretor-presidente da construtora, Benedicto Junior. O atual presidente da Câmara prestou já depoimento à PF e afirmou não reconhecer o codinome Botafogo, atribuído a ele. Disse, ainda, que os registros de pagamento no sistema “não lhe dizem respeito”.

Já Eunício declarou à PF que “nunca deu tratamento diferenciado no encaminhamento dos pleitos de grandes doadores de suas campanhas” e que classificou de “inverdade” a acusação dos delatores da Odebrecht. Lúcio Vieira Lima e Jucá também negaram irregularidades.

Em nota divulgada recentemente por sua assessoria, Eunício Oliveira salientou acreditar que “as investigações são o melhor caminho para esclarecer todos os fatos”.

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