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Brasil A Polícia Federal investiga a vice na chapa da Anthony Garotinho por nomeações ligadas ao traficante Fernandinho Beira-Mar

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Vice de Garotinho teria feito nomeações fantasmas. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A candidata a vice-governadora do Estado do Rio na chapa de Anthony Garotinho (PRP), vereadora Maria Landerleide de Assis Duarte (PRP), é alvo de uma investigação por nomeações feitas em 2016 e 2017, na Câmara Municipal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com inquérito da PF (Polícia Federal), Leide, como é conhecida, nomeou para cargos comissionados Thuany Moraes da Costa, filha do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, além de Nicole Cecília da Silva Monteiro, companheira de um sobrinho do criminoso. Ambas, segundo a PF, eram funcionárias fantasmas.

Durante as investigações, a polícia sustenta que em nenhum momento constatou que Thuany e Nicole tenham comparecido à Câmara para trabalhar. Para a PF, as folhas de ponto do Legislativo municipal, preenchidas à mão, podem ser facilmente fraudadas.

De acordo com a investigação, Beira-Mar, mesmo preso na unidade federal de Porto Velho, em Rondônia, tinha controle da nomeação de seus parentes para cargos no Legislativo. Duque de Caxias é o principal reduto do criminoso no Rio.

Durante uma visita de sua mulher, Jacqueline Moraes da Costa, à cadeia, em 3 de março de 2017, o traficante faz menção aos cargos conseguidos para Thuany. Ele também se refere à sua sogra, Edite Alcântara Moraes, indicada como assessora no gabinete do então vereador Ailton Abreu Nascimento, o Chiquinho Caipira.

“A sua mãe vai ficar com esse emprego para ela, e o da Thuany, eu arrumei um de cinco mil e quinhentos, que vai ficar com a Thuany lá. Esse aí já tá resolvido, já tá certo já. Só tá faltando a documentação chegar pra cá. Porque eu não sei se você entendeu, mas eu quero fazer da sua mãe a mesma coisa que você fez com seu tio. A aposentadoria da sua mãe”, disse Beira-Mar.

A investigação da PF aponta que nove pessoas ligadas a Beira-Mar foram nomeadas por quatro diferentes vereadores para cargos na Câmara. O valor total de todos os salários pagos a eles foi de mais de R$ 1,2 milhão.

A filha de Beira-Mar foi nomeada para o gabinete de Leide em 1º de janeiro de 2017. Já Nicole, companheira de um sobrinho do criminoso, trabalhou como assistente de uma comissão presidida pela vice de Garotinho de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2016.

Em depoimento à polícia, Leide afirmou que, fora as folhas de ponto, não tinha outros documentos que pudessem comprovar o trabalho de Thuany e Nicole. Ela alegou ainda que não tinha conhecimento do parentesco de ambas com o traficante, mas afirmou que as indicações foram feitas por André Quintanilha, segundo suplente de vereador pelo PRB e marido da irmã de Beira-Mar, Alessandra da Costa, que é advogada.

Já Chiquinho Caipira negou, em depoimento, que tivesse ligação com o traficante e alegou que todos os parentes dele que nomeou foram indicados por Carlinhos Vanderlei, ex-marido de Alessandra da Costa. Outros ex-vereadores citados na investigação ainda não prestaram depoimento.

De acordo com a investigação da PF, os vereadores nomearam os parentes de Beira-Mar “em razão de interesse pessoal decorrente de auxílio e eventual financiamento em campanhas políticas que os alçaram aos cargos públicos que ocupam”. Ainda segundo a apuração, os vereadores precisavam de autorização do criminoso para fazer campanha em comunidades de Caxias.

Procurada, Leide informou que o assunto foi esclarecido e que não tem mais nada a acrescentar. Garotinho não quis se pronunciar. A defesa de Beira-Mar também preferiu não comentar o caso.

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