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Brasil A Polícia Federal investiga o pagamento de 300 mil reais a um desembargador para libertar um suspeito de ligação com um quádruplo homicídio

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A Lava-Jato é um marco divisório da Justiça deste País. Mas é apenas o nome fantasia de uma operação policial importante e bem sucedida. (Foto: Divulgação/PF)

A Operação Toth investiga um suposto pagamento de R$ 300 mil ao ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, desembargador Ronaldo Eurípedes, para a liberação de um homem suspeito de envolvimento em um quádruplo homicídio. O desembargador é o principal alvo da investigação deflagrada na última quarta-feira (15), sobre venda de sentença na Corte estadual.

A PF cumpriu 13 mandados judiciais de buscas no Tocantins, Piauí e Goiás, além de 39 intimações. Foram mobilizados 50 agentes federais para execução dos mandados em Palmas, Araguaína, Formoso de Araguaia e, ainda, em Teresina e em Mara Rosa (GO).

O desembargador é investigado porque teria dado habeas corpus em favor do proprietário de um posto de combustível, sob suspeita de mandar matar um empresário em Porto Nacional (TO), em 2016. Endereços ligados a Eurípedes e seu gabinete do Tribunal de Justiça foram vasculhados pela PF(Polícia Federal). Os mandados judiciais foram ordenados pelo ministro Og Fernandes, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

“No que se refere, especificamente, ao investigado Wendell Araújo de Oliveira, como se infere dos relatórios trazidos aos autos e bem ressaltado pelo Ministério Público Federal, tem-se que o mesmo atuou na suposta liberação criminosa do acusado Carlos Roberto Pereira, em sede de habeas corpus julgado pelo investigado Ronaldo Eurípedes no dia 22 de outubro de 2013”, observou o ministro na decisão que abriu a Operação Toth.

“E acrescenta o Ministério Público Federal que existe fundada suspeita de que a liberação daquele acusado, ‘mesmo num cenário de quádruplo homicídio, foi condicionada ao pagamento de R$ 300 mil ao investigado Ronaldo Eurípedes’.”

O Ministério Público Federal e a PF apontaram à Justiça “sinais de enriquecimento ilícito do desembargador Ronaldo Eurípedes por força de atuação judicante, com investimentos em atividades rurais, gado bovino e/ou imóveis, bem como participação em ‘negociações’ de decisões judiciais desde o tempo em que atuava como advogado no Estado do Tocantins”.

A Operação Toth indicou ainda uma suposta ocultação de bens e valores. “Existe, por parte do investigado, a movimentação de ‘altas somas em dinheiro, sempre sob a administração de seu funcionário de confiança Luso e em nome de sua esposa Inez, razão pela qual imprescindível e necessária é a busca e apreensão nos endereços das pessoas que estão diretamente vinculadas a fatos que circundam a venda de decisões judiciais, assim como a intimação para imediata oitiva'”, relatou o ministro Og Fernandes na decisão que deflagrou a Toth.

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