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Brasil A Polícia Federal investiga um angolano suspeito de falsificar documentos e enviar ilegalmente crianças para fora do Brasil

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Lutezo Daniel Lovi está preso no Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução)

A PF (Polícia Federal) investiga por que e como um angolano falsificou documentos, conseguiu passaportes e enviou ilegalmente pelo menos cinco crianças do Rio de Janeiro para fora do Brasil. A suspeita é de que o caso envolva tráfico de pessoas ou prostituição infantil.

Lutezo Daniel Lovi, 44 anos, foi preso no dia 1º de março e atualmente está na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte da cidade. Segundo investigação da PF, Lovi ofereceu dinheiro a mulheres da comunidade Cinco Bocas, em Brás de Pina, também na Zona Norte, para que elas fossem a maternidades ou a hospitais onde tiveram filhos e solicitassem a segunda via da DNV (Declaração de Nascido Vivo) das crianças.

A declaração é um documento emitido por unidades de saúde particulares e públicas de todo o Brasil. Com ela, é possível, por exemplo, registrar o recém-nascido em cartório e, consequentemente, emitir a certidão de nascimento do bebê. Com o papel em mãos, o angolano conseguiu dar entrada em documentos de cinco crianças, desde junho do ano passado, e obter passaporte para todas elas.

Mulheres abordadas por Lovi contaram na delegacia da PF em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, que aceitaram retirar uma nova DNV após receber dele R$ 250. Em depoimento à PF, uma delas contou que, com outra mãe, foram procuradas pelo angolano em 2017. Para conseguir a documentação, o homem disse, ainda segundo elas, que as novas vias das declarações seriam usadas para trazer crianças da África, e não levá-las para fora do Brasil. Não está claro ainda para qual país as crianças foram enviadas.

“Ele me pediu se eu topava conseguir a guia amarela para ajudar a trazer parentes dele [da África] pra cá”, disse uma das mulheres. Ela, que pediu para não ser identificada, afirmou ter ido a uma unidade da prefeitura para obter o documento. “Eu peguei a guia amarela [da declaração] e paramos em outro lugar para reconhecer firma. Ele pediu para eu assinar, mas eu não sei ler. Eu escrevo muito mal o meu nome.”

As mulheres abordadas eram “humildes e com nível irrisório de conhecimento”, disse o advogado Arthur Mattos Filho, que atua na defesa das pessoas que venderam as declarações a Lovi. Segundo ele, algumas dessas mulheres eram convencidas pelo africano a ir a cartórios para abrir firma e assinar autorizações para a viagem das crianças desacompanhadas dos pais. 

“Então, de certa forma, ele falsificava alguns papéis, mudava a filiação, a declaração de nascimento das crianças, botava algum africano de fora, e mandava essas crianças para o exterior a partir da retirada de passaportes na Polícia Federal”, disse o advogado.

Nas redes sociais, o angolano tem dois nomes diferentes: Lutezo Daniel Lovi e Docteur Kilawu. No segundo perfil, Lovi aparece ao lado de crianças no aeroporto do Galeão. Em algumas imagens, as crianças têm passaportes pendurados no pescoço. Desde junho de 2017, Lovi retirou cinco passaportes em nome de cinco crianças diferentes, com idades entre 6 e 11 anos.

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