Terça-feira, 23 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
25°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A Polícia Federal investiga uma reforma feita na casa de uma das filhas de Michel Temer. A suspeita é de que a obra serviu para encobrir pagamentos de propina ao presidente da República

Compartilhe esta notícia:

PF suspeita que propinas da JBS/Friboi tenham bancado a reforma. (Foto: Reprodução)

A operação deflagrada nessa quinta-feira pela PF (Polícia Federal) atinge suspeitas de pagamentos indevidos ao presidente Michel Temer por meio da reforma da casa de sua segunda filha, a psicóloga Maristela Temer, 45 anos. A obra foi realizada pela arquiteta Maria Rita Fratezi, mulher do coronel João Baptista Lima, suspeito de receber propina em nome do emedebista.

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a intimação da arquiteta, além de ter mandado prender o coronel Lima e outros aliados do presidente. A PF informou ao magistrado que há suspeitas envolvendo Maria Rita e o escritório na qual ela e o marido ão sócios, a PDA Projeção e Direção Arquitetônico.

“‘Trata-se da empresa que realizou reforma de alto custo em imóvel da senhora Maristela Temer, filha do excelentíssimo senhor presidente da República. Há informações sobre pagamentos de altos valores em espécie”, afirmou a PF na sua representação.

Essa é considerada a primeira prova da existência de um elo financeiro entre o coronel Lima e o chefe do Executivo. A suspeita dos investigadores é que a reforma tenha sido paga com dinheiro de propina.

O imóvel investigado tem cerca de 350 metros quadrados e fica no bairro de Alto de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. A casa foi adquirida em 2011 por Maristela e em 2014 passou por uma grande reforma. Maria Rita foi apontada por um dos fornecedores da obra como a responsável por pagar a ele R$ 100 mil em espécie.

Dentre os 13 alvos da operação, batizada de Skala, estão outros amigos próximos de Temer: o advogado José Yunes e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, além do próprio coronel. Foram presos, ainda, os empresários Antonio Celso Grecco, do grupo Rodrimar, e Celina Torrealba, do grupo Libra. As duas empresas atuam no Porto de Santos. Para os investigadores, a peça central do esquema seria o coronel João Baptista Lima, amigo de Temer há mais de 30 anos.

“A Argeplan, agora oficialmente com o investigado João Batista Lima Filho como sócio, tem se capitalizado por meio do recebimento de recursos provenientes de outras empresas – as interessadas na edição do denominado Decreto dos Portos – e distribuído tais recursos para os demais investigados”, assinalou Barroso em seu despacho, com referência às investigações da PF.

Velocidade

A rapidez na deflagração da Operação Skala foi incomum: o pedido foi feito ao STF na segunda-feira, Barroso autorizou a operação na terça-feira e os mandados foram cumpridos dois dias depois. De acordo com a PF, era necessário velocidade na operação, porque existiria “risco concreto de destruição de provas” devido à cobertura na imprensa do andamento do inquérito sobre Michel Temer.

A decisão de Barroso foi tomada com base nas diligências do inquérito instaurado ano passado, a partir da delação de executivos do conglomerado JBS/Friboi (dos irmãos Joesley e Wesley Batista), a fim de apurar suspeitas de favorecimento à Rodrimar no Decreto dos Portos no governo Temer.

Ele também amparou o processo em informações do inquérito instaurado em 2011 a partir da denúncia da ex-mulher de Marcelo Azeredo, que presidiu a Codesp (Companhia das Docas do Estado de São Paulo), afirmando que Temer e Azeredo recebiam propinas de empresas que tinham contratos no Porto de Santos (SP).

“Perseguição”

Para assessores e aliados do emedebista, as prisões são uma “perseguição política” ao atual presidente da República. Durante discurso na cerimônia de inauguração do novo terminal do Aeroporto de Vítória (ES), Temer não fez qualquer referência à operação da PF.

Temer tem três filhas de seu casamento com Maria Celia Toledo: Luciana (49 anos), Maristela (45) e Clarissa (44), além do garoto “Michelzinho”, 10 anos, fruto de sua união com a ex-modelo Marcela Temer, atual primeira-dama do País.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Sartori acompanha missa campal no Santuário de Caravaggio
O Facebook anunciou um plano de medidas para evitar interferências nas próximas eleições
https://www.osul.com.br/a-policia-federal-investiga-uma-reforma-realizada-na-casa-de-uma-das-filhas-de-michel-temer-a-suspeita-e-de-que-a-obra-serviu-para-encobrir-pagamentos-de-propina-ao-presidente-da-republica/ A Polícia Federal investiga uma reforma feita na casa de uma das filhas de Michel Temer. A suspeita é de que a obra serviu para encobrir pagamentos de propina ao presidente da República 2018-03-29
Deixe seu comentário
Pode te interessar