Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2018
A PF (Polícia Federal) fez uma operação contra pornografia infantil na manhã de quinta-feira (26) em sete Estados. Os dez mandados de prisão contra abusadores, que armazenavam material pornográfico de crianças e adolescentes, foram cumpridos. Três pessoas foram presas em flagrante e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Inicialmente, a PF informou que 19 pessoas haviam sido presas.
Os alvos da operação, que ocorre em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Maranhão e Acre, compartilhavam o material pela internet. Entre os investigados, há adeptos do chamado “hurtcore”, estupro com ainda mais violência e tortura.
Mandados de prisão preventiva
Onde foram cumpridos os 10 mandados de prisão preventiva: 4 em São Paulo; 1 no Maranhão; 1 em Minas Gerais; 1 no Acre; 1 em Goiás; 1 em Pernambuco; e 1 no Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, um homem foi preso na Vila Kennedy, Zona Oeste da capital fluminense. Na casa dele, foram apreendidos 7 celulares, 1 HD, 1 Torre e outras mídias. Segundo a polícia, o homem é suspeito de vender vídeos de crianças sendo estupradas e teria admitido o abuso contra 3 crianças com idade entre 5 e 7 anos. Ele foi ouvido na Superintendência da Polícia Federal no Rio.
Segundo a Polícia Federal, ao menos 15 vítimas, de bebês a crianças de 11 anos, foram identificadas.”Essas crianças vão passar por avaliação. Elas também devem ser entrevistadas para confirmar a realização do abuso, embora, em alguns casos, os abusos já estejam confirmados por imagens e vídeos. Também haverá uma comunicação com a Vara para adoção de medida protetiva”, disse o delegado Marcelo Ivo de Carvalho.
Comércio das imagens ilícitas
Essa foi a segunda fase da Operação Underground, nome inspirado nas técnicas de investigação dentro e fora de todo um conjunto de sites e servidores de internet. Após a primeira fase, foram feitas investigações na deepweb, que resultaram na identificação de 13 pessoas que integravam um grupo de produtores de material de exploração sexual infantil, que se comunicavam em ambiente cibernético, onde ocorria o comércio das imagens ilícitas.
Segundo o apurado, “grande parte dos envolvidos efetivamente abusava sexualmente de crianças, registrando as imagens. Numa segunda etapa, reuniam-se em salas virtuais dedicadas à pedofilia, onde trocavam, vendiam ou simplesmente disponibilizavam os arquivos ilícitos. Algumas das vítimas já foram identificadas, quando ficou demonstrado que o agressor é, na maioria das vezes, pessoa do convívio da família da vítima, ou mesmo parte dela”, diz a PF.
O crime de publicação de imagens de pornografia infantil prevê pena de 3 a 6 anos de prisão. Já o estupro de vulneráveis prevê de 8 a 15 anos de prisão.