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Brasil A Polícia Federal prendeu uma quadrilha investigada por levar drogas da América do Sul para os Estados Unidos e a Europa. O grupo transportou ao menos 9 toneladas de cocaína

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Aeronaves que, segundo a PF, eram usadas por quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas. (Foto: Divulgação/PF)

A PF (Polícia Federal) prendeu, na manhã desta quinta-feira (21), uma quadrilha investigada por levar drogas da América do Sul para os Estados Unidos e a Europa. O grupo transportou ao menos 9 toneladas de cocaína. Foram presas 28 pessoas.

Cerca de 400 policiais cumpriram 55 mandados de prisão e 81 de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal em Palmas (TO). As ações se deram em Tocantins, Goiás, Paraná, Pará, Roraima, São Paulo, Ceará e Distrito Federal, com apoio da FAB (Força Aérea Brasileira) e do Grupamento de Rádio Patrulha Aérea da Polícia Militar de Goiás.

A Justiça Federal autorizou o bloqueio de contas bancárias de 100 pessoas e empresas envolvidas, além da apreensão de 47 aeronaves e do sequestro de 13 fazendas com mais de 10 mil cabeças de gado bovino. Foi requisitada também a inclusão dos nomes de seis investigados no Sistema de Difusão Vermelha, a lista internacional de procurados da Interpol.

Segundo a investigação, iniciada há dois anos, entre meados de 2017 e 2018 o grupo suspeito fez no mínimo 23 voos transportando em média 400 quilos de cocaína cada, totalizando mais de nove toneladas. “Os investigados devem responder, na medida de suas participações, por tráfico transnacional de drogas, associação para o tráfico, financiamento ao tráfico, organização criminosa, lavagem de dinheiro e atentado contra a segurança do transporte aéreo”, informou a PF. A operação foi batizada de Flak, alusão a uma expressão das tropas aliadas, durante a Segunda Guerra Mundial, para se referirem à artilharia antiaérea alemã.

A PF informou que a quadrilha tinha ligação com facções criminosas do Brasil – sem listar quais – e prestava serviços para traficantes daqui e do exterior. João Soares Rocha, apontado como chefe da quadrilha, foi preso em Tucumã, no Pará. Ele já foi investigado por suposta lavagem de capitais do traficante Fernandinho Beira-Mar.

De acordo com as investigações outro envolvido na organização criminosa era o piloto Cristiano Felipe Rocha Reis, que morreu em Goiânia após uma queda de avião no Pará. Ele era sobrinho do empresário João Soares Rocha. Outro citado como integrante é Evandro Geraldo Rocha dos Reis, pai de Cristiano, e que também morreu na queda do mesmo avião em que o filho estava.

Além de pilotos, a organização contava com mecânicos que adulteravam as aeronaves para aumentar a autonomia dos voos e ocultar o prefixo original dos aparelhos, para despistar as autoridades. O grupo usava Palmas e Porto Nacional, no Tocantins, como pontos de apoio.

As investigações indicam que a rota do transporte de drogas passava pelos países produtores (Colômbia e Bolívia), países intermediários (Venezuela, Honduras, Suriname e Guatemala) e países destinatários (Brasil, Estados Unidos e União Europeia).

No ano passado, já tinha sido apreendido de uma espécie de submarino no Suriname. A embarcação, que podia carregar entre 6 e 7 toneladas, poderia ser utilizada pela para levar drogas para Europa e África.

O esquema

As investigações da Polícia Federal apontam que o grupo agia dividido em quatro núcleos. O primeiro era comandado por João Soares Rocha e tinha a função de gerenciar as operações de transporte e de distribuição de cocaína. Eles eram responsáveis pela comunicação com produtores e varejistas do tráfico, organização do transporte aéreo, recrutamento de pilotos e mecânicos para tarefas operacionais, definição das estratégias de fuga, seleção das pistas de pouso e pontos de apoio, além de outras funções gerenciais.

O segundo núcleo era composto de pilotos e ajudantes que prestam serviços regulares ao núcleo empresarial. Eles eram responsáveis pela condução das aeronaves adulteradas com drogas e dinheiro, além da elaboração de planos de voos irregulares, mapeando rotas para escapar do controle aeronáutico.

Mecânicos que adulteravam a estrutura dos aviões para prolongar a autonomia do voo integravam o terceiro núcleo. Eles também faziam manutenção das aeronaves e adulteravam os prefixos.

Os produtores ou compradores de cocaína, que contratam os serviços do núcleo logístico para o transporte e a distribuição da droga, são apontados pela PF como quarto núcleo.

 

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