Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A política para controlar os preços dos combustíveis tem de ser permanente, disse o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco

Compartilhe esta notícia:

Moreira Franco (foto) foi apontado pelo doleiro Lúcio Bolonha Funaro como um dos beneficiados por esquemas de fraudes milionárias na Caixa Econômica Federal. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco (MDB-RJ), defende uma política permanente de compensação à Petrobras para garantir, de vez, reajustes de combustíveis mais longos e não diários. O governo assinou um acordo com representantes de caminhoneiros prevendo esse tipo de prática para manter uma previsibilidade de preços para o diesel a cada 30 dias, até o fim do ano, em vez de aumentos sucessivos no mês, como vinha ocorrendo.

As eventuais perdas da Petrobras com as variações no mês serão bancadas pelo governo. Em entrevista dada no domingo (27), Moreira disse que é preciso que o modelo de previsibilidade seja permanente, sustentado pelo que chama de “colchão”, inclusive para a gasolina. “É todo o mundo. Uma política para os combustíveis”, afirmou. “Não estamos falando de curto ou longo prazo. Isso aí tem de ser permanente.”

O ministro discorda de que tenha havido erros nas negociações do governo para encerrar a paralisação iniciada por caminhoneiros há uma semana. “As negociações vêm se dando há muito tempo. A crítica é pelo fato de o governo estar dialogando e o acordo não ser cumprido. Um grande ativo do MDB, daqueles que militaram para estabelecer o regime democrático no Brasil, é o respeito ao contraditório. A intolerância não une, não constrói. É natural que, diante de circunstâncias econômicas e sociais, grupos da sociedade tenham interesses divergentes. Precisamos romper com a tradição autoritária de que o Estado ainda vê o cidadão como colonizado e acha que o poder dele se expressa não pela capacidade de encontrar solução majoritária, mas pela força de impô-la”, declarou.

Questionado se foi surpreendido pelo impacto da greve dos caminhoneiros, o ministro declarou: “Esse setor tem uma capacidade de desorganizar o dia a dia das pessoas como nenhum outro. No passado, você tinha lideranças sindicais muito mais hierarquizadas. Eram verticais. Você tinha nacional, estadual, municipal, e o fluxo de tomada de decisão era relativamente controlado. Hoje, com o avanço tecnológico, está horizontalizado”.

“Antes, você conversava com o líder sindical e ele ia lá, fazia a sua reunião, resolvia e saía. As insatisfações não tinham outros canais de expressão. Hoje, você recebe, vai, conversa, acerta e aí aparece um [grevista] que diz que precisa colocar militar na rua [para ele parar a greve]. A gente tem de entender isso, e não se resolve com polícia na rua”, prosseguiu Moreira Franco.

Preços

“Os preços sempre tenderam a ser administrados, e agora o governo está docemente quebrando essa estrutura monopolista da Petrobras. Essa cultura de administração de preços causou prejuízos de US$ 45 bilhões [R$ 165 bilhões em valores de hoje] e também dilapidou a credibilidade da empresa. Sempre dissemos que somos contra essa prática. Não vamos mudar a política [de manter a autonomia de preços da Petrobras]”, concluiu  o ministro.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Deputados se preparam para votar PEC do teto para os gastos públicos
Poupança teve 50 bilhões de reais de saques a mais do que depósitos
https://www.osul.com.br/a-politica-para-controlar-os-precos-dos-combustiveis-tem-de-ser-permanente-disse-o-ministro-de-minas-e-energia-moreira-franco/ A política para controlar os preços dos combustíveis tem de ser permanente, disse o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco 2018-05-28
Deixe seu comentário
Pode te interessar