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Brasil A poupança rende menos com a nova taxa básica de juros, mas ganha da inflação

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Falta de disciplina financeira é um dos fatores apontados por especialistas. (Foto: Banco de Dados/O Sul)

A oitava redução seguida nos juros básicos da economia terá impacto sobre o bolso de quem investe as economias na mais tradicional aplicação financeira do País.

A queda da taxa básica de juros, a Selic, para 8,25% ao ano, anunciada na última quarta-feira (6) pelo Copom (Comitê de Política Monetária), mudou o cálculo do rendimento da poupança, que diminuirá. Mesmo assim, a caderneta continuará rendendo mais que a inflação e a maioria dos fundos de investimento.

Pela regra em vigor desde maio de 2012, quando a Selic fica igual ou acima de 8,5% ao ano, a caderneta rende 6,27% ao ano (0,5% ao mês) mais a TR (Taxa Referencial), tipo de juro variável. Abaixo de 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic.

Com a diminuição dos juros básicos para 8,25% ao ano, a poupança passará a render 5,78% ao ano. Mesmo com o rendimento menor, o investidor não perderá dinheiro porque a inflação pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) estava em 2,46% nos 12 meses terminados em agosto, no menor nível nessa comparação desde fevereiro de 1999.

Não necessariamente todo o saldo da poupança passará a ser corrigido pelo novo cálculo. Os depósitos feitos até 3 de maio de 2012, data em que foi publicada a medida provisória que alterou os rendimentos da poupança, continuarão a render 6,27% ao ano mais a TR, independentemente da taxa Selic em vigor. O correntista pode verificar, nos extratos bancários, a parcela depositada em cada um dos períodos.

Equilíbrio

Segundo o diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel de Oliveira, em 2012, o governo precisou mudar o cálculo do rendimento da poupança para evitar um desequilíbrio no mercado financeiro. Caso a poupança continuasse a render pela regra antiga, ninguém aplicaria nos fundos de investimento quando a Selic caísse abaixo de 8,5% ao ano.

Segundo Oliveira, como os fundos são um dos principais compradores de títulos públicos federais, o governo correria o risco de não conseguir vender os papéis no mercado e não conseguir dinheiro para rolar (renovar) a dívida pública.

De acordo com o diretor da Anefac, a baixa inflação e o fato de a poupança ser isenta de Imposto de Renda e de taxa de administração farão a poupança continuar atrativa. Pelas simulações da entidade, mesmo com a mudança nas regras, a caderneta continuará a render mais que os fundos em quase todos os casos.

“Apenas nos casos em que a taxa de administração for inferior a 1%, os fundos serão mais atrativos”, calcula o diretor-executivo da Anefac. De acordo com ele, as simulações mais recentes mostram que a poupança leva vantagem em todos os prazos de aplicação. Além da taxa de administração, os fundos cobram Imposto de Renda de 15% a 22,5% dependendo do prazo de aplicação. (Agência Brasil)

 

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