Notícias A Secretaria da Educação de Porto Alegre manteve a intervenção em um colégio municipal onde foram constatadas irregularidades
Por Redação O Sul | 18 de março de 2019
Localizada na rua Wolfram Metzler, bairro Rubem Berta (Zona Norte de Porto Alegre), a Escola Municipal de Ensino Fundamental Grande Oriente do Rio Grande do Sul continuará sob intervenção da Smed (Secretaria Municipal de Educação). O grupo responsável pela medida é formado por servidores municipais de carreira.
Após uma visita para avaliação das condições da escola para o início do ano letivo de 2019, nessa segunda-feira o secretário Adriano Naves de Brito anunciou a continuidade da medida.
De acordo com o titular da pasta, o principal objetivo é aguardar a conclusão do inquérito que apura supostas irregularidades na condução da instituição de ensino. O começo das aulas para os mais de mil alunos da instituição está previsto para esta quinta-feira.
O atraso no retorno às aulas se deve à conclusão tardia do ano letivo de 2018, afetado por paralisações de professores. “Com o início das aulas, esperamos que a escola retome uma rotina de normalidade”, declarou Brito.
Problemas
Após a constatação das irregularidades, a intervenção na unidade entrou em vigor no dia 14 de janeiro, a fim de garantir os 200 dias e 800 horas letivas do ano letivo passado, conforme determina a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).
A diretoria foi afastada, e a comissão de intervenção da Smed assumiu a escola. Entre os problemas encontrados, estavam chamadas completas até o final de janeiro, estudantes circulando desocupados pelo pátio e alunos ausentes da sala de aula aparecendo como presentes na lista de chamada.
Os estudantes também estavam recebendo as notas finais no dia 11 de janeiro, quando as aulas só terminariam em 14 de fevereiro. As irregularidades teriam sido denunciadas por servidores da própria escola.
Prorrogação
A iniciativa foi prorrogada novamente em 14 de fevereiro, por 33 dias, completados nessa segunda-feira, devido à necessidade de manter a escola em funcionamento durante as férias escolares e também para permitir a continuidade da apuração dos fatos que levaram à interdição, bem como preparar o início do ano letivo de 2019.
Desde o início da intervenção, a comissão da Smed já organizou documentos e promoveu melhorias no espaço co colégio, como limpeza e pintura de áreas externas. Uma equipe do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) realizou capina e recolheu entulho. Uma assembleia realizada no dia 17 de janeiro discutiu o calendário do ano letivo de 2019, com a participação de 80 pais ou responsáveis, 15 professores, cinco alunos e quatro funcionários.
(Marcello Campos)
