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Brasil A prisão de amigos de Michel Temer arrasou o plano de reeleição do presidente

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Michel Temer em evento no Espírito Santo. (Foto: Alan Santos/PR)

A um só tempo, a prisão de dois dos amigos mais próximos de Michel Temer estraçalhou a tentativa do Planalto de criar um ambiente minimamente favorável a especulações sobre sua candidatura à reeleição e reacendeu o fantasma de nova denúncia criminal. Pior: o cerco se fechou no momento mais frágil da relação dele com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Arremessado ao corner, Temer pode se recolher ou dobrar a aposta. Quem o conhece fica com a segunda opção.

Se a PGR (Procuradoria-Geral da República) oferecer outra queixa contra Temer, Maia (DEM-RJ) assumirá novamente o posto de árbitro do processo. Com uma queda do emedebista, o democrata, sucessor natural e pré-candidato à Presidência, poderia concorrer com a máquina do governo sob seu controle.

Aliados do presidente tentam conter a animação do grupo de Maia com o discurso de que fortalecer o democrata não interessaria ao PSDB e a todos os partidos que têm candidato próprio ao Planalto. Ou seja, não seria tão fácil conseguir 342 votos para afastar Temer.

Após a ação da PF, na quinta (29), o presidente da Câmara se recolheu. Disse que vai usar o feriado para ler. A obra que está na cabeceira dele é de autoria do ex-ministro das Finanças da Grécia Yanis Varoufakis e tem título sugestivo: “Comportem-se como adultos”.

Integrantes do Judiciário comentaram que a operação Skala chancelou a aproximação da procuradora-Geral, Raquel Dodge, com o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso. Antes, Gilmar Mendes era o nome do STF mais próximo a ela.

Integrantes da PGR familiarizados com a Lava-Jato, avaliam que o fato de Dodge ter pedido prisão temporária dos investigados mostra que ela tem elementos, mas ainda há um caminho razoável a percorrer até formulação de denúncia. Os dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Temer ainda não foram analisados.

Pela beirada

Secretário-geral do PSDB, o deputado Marcus Pestana (MG) teve longa conversa com o senador Álvaro Dias (Pode-PR), pré-candidato ao Planalto, na quarta (28). Assunto: a necessidade de harmonizar e unificar o centro nas eleições. Dias virou alvo do assédio de tucanos que temem que sua candidatura liquide as chances de o governador Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB, alcançar índices competitivos na região Sul.

Barbosa

Ainda em tom condicional, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz que se Joaquim Barbosa for mesmo candidato ao Planalto “tem grande potencial de crescimento”. “Um nome que tenha respeito, autoridade, e o reconhecimento da população cairá muito bem.”

Tucanos

Após o embate que resultou na escolha de João Doria como candidato do PSDB ao governo de SP, o partido corre risco de perder 5 de seus 19 deputados estaduais. Parte do grupo negocia com o PSB do vice-governador Márcio França, adversário do tucano.

Tensão

Em meio ao forte clima de apreensão que ronda o Supremo, auxiliares do ex-presidente Lula avaliam dar início ao que chamam de “ação qualificada” na corte, antes da retomada do julgamento do habeas corpus do petista dia 4 de abril. Os interlocutores de Lula querem entregar cópias do processo sobre o triplex para os ministros. A articulação foi pensada depois que parte dos magistrados afirmou que não havia lido a ação.

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https://www.osul.com.br/a-prisao-de-amigos-proximos-arrasou-o-plano-de-reeleicao-de-temer/ A prisão de amigos de Michel Temer arrasou o plano de reeleição do presidente 2018-03-30
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