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Política A procuradora-geral da República pediu para o Supremo enviar para a primeira instância um inquérito sobre José Serra

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A Procuradoria-Geral da República apontou suspeitas de pagamentos no exterior para a campanha presidencial de Serra em 2010. (Foto: AE)

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para enviar um inquérito relacionado ao senador José Serra (PSDB-SP) para a Justiça Federal de São Paulo. O inquérito foi aberto para investigar se a construtora Odebrecht pagou caixa 2 em campanhas de Serra quando o tucano era governador do Estado.

Desde que as delações da Odebrecht se tornaram públicas, Serra tem reafirmado que não cometeu nenhuma irregularidade e que todas as campanhas dele foram conduzidas pelo PSDB na forma da lei. O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB e solto duas vezes pelo ministro Gilmar Mendes, também é investigado nesse inquérito.

Pedido da PGR

Ao STF, Raquel Dodge argumentou que as suspeitas se referem à época em que Serra era governador de São Paulo e, desde o mês passado, o Supremo decidiu restringir o foro privilegiado de deputados federais e de senadores a crimes cometidos durante o exercício do mandato e em razão da atividade parlamentar.

“Como se verifica, os fatos investigados nos presentes autos relacionados a José Serra deram-se enquanto governador de estado. Portanto, não se justifica a competência desta Suprema Corte, dado que, claramente, não se trata de delito ocorrido durante o mandato de Senador e, logicamente, não relacionado a este cargo”, afirma Dodge.

A procuradora pediu que o caso vá para alguma das varas federais criminais de São Paulo. A questão será analisada por Gilmar Mendes, relator do inquérito.

Delação

Em delação premiada, o ex-executivo da Odebrecht Pedro Novis afirmou que aproximadamente R$ 21 milhões foram repassados a Serra por meio de caixa dois nas campanhas de 2002, 2004 e 2006.

Segundo o processo, há suspeita de ajuste de mercado entre Andrade Gutierrez, Galvão Engenharia, Camargo Correa, Serveng Civilsan, OAS, Mendes Junior, Queiroz Galvão, CR Almeida, Constran e Odebrecht para fraudar licitação do Rodoanel Sul, no Estado de São Paulo. Dirigentes da Dersa teriam participado das conversas.

A Procuradoria-Geral da República apontou suspeitas de pagamentos no exterior para a campanha presidencial de Serra em 2010.
Operador solto
Na quarta-feira, Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa apontado como operador do PSDB, passou de tempo indeterminado na cadeia para livre em cerca de 12 horas. Ele foi detido pela Polícia Federal pela manhã e, no meio da audiência de custódia de onde sairia encarcerado preventivamente, chegou a notícia de que o ministro Gilmar Mendes, do STF, havia acolhido seu pedido de habeas corpus.Além de Souza, também foram contemplados por Gilmar Mendes sua filha, Tatiana Arana de Souza, e o ex-diretor de Assentamento da Dersa Geraldo Casas Vilela. Eles são acusados de desvios de R$ 7,7 milhões da Dersa em reassentamentos no âmbito das obras do Rodoanel Trecho Sul.

Vieira de Souza e Vilela já haviam sido presos no dia 5 de abril, e soltos dias depois pelo ministro Mendes. Nas duas oportunidades, eles foram acusados de ameaçar testemunhas.

A audiência de custódia, que correu em sigilo, foi iniciada às 13h45min de quarta. A juíza já havia decretado as preventivas de Souza e Vilela e concedido domiciliar a Tatiana, por ser mãe de criança de menos de 12 anos, quando, às 19h17min, e às 19h46min, chegaram as notícias das decisões de Gilmar que mandou liberar os três.

Após a audiência, a procuradora da República Adriana Scordamaglia afirmou ver com “estranheza” o habeas corpus. Ela relatou que a reação dos réus à notícia sobre o habeas foi “obviamente de felicidade”.

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