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| A própria presidente da Coreia do Sul pressionou a Samsung, diz o herdeiro da empresa

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Herdeiro e vice-presidente da gigante asiática, Lee Jae-yong foi interrogado por 22 horas por um grupo de promotores. (Foto: Reprodução)

A presidente afastada da Coreia do Sul, Park Geun-hye, pressionou a Samsung para que a empresa doasse dinheiro a fundações envolvidas em um escândalo de corrupção, afirmou o herdeiro e vice-presidente do conglomerado, Lee Jae-yong, a um grupo de promotores em depoimento.

Lee foi interrogado por 22 horas por suspeita de crime de suborno no caso que levou ao afastamento da presidente sul-coreana.
O executivo tem 48 anos e é filho do presidente da Samsung, Lee Kun-hee e neto do fundador da empresa. Ele vinha assumindo o controle do conglomerado desde que o pai sofreu em maio de 2014 um infarto que ainda o mantém hospitalizado e sem falar.

“Levando em conta outros precedentes, inclusive que o suborno tenha ocorrido sob pressão, o doador seria punido”, afirmou um porta-voz da Promotoria sul-coreana, acrescentando que a suposta pressão exercida por Park Geun-hye poderia constituir “um fator atenuante”. Durante o interrogatório, Lee negou a maioria das acusações contra a Samsung, segundo o porta-voz.

A declaração não corresponde ao que Lee Jae-yong havia dito no mês passado no Parlamento sul-coreano, onde negou a existência de pressão por parte de Park para fazer doações a entidades ligadas a Choi Soon-sil, amiga da presidente e pivô do escândalo de corrupção do governo.

Choi é acusada de extorquir os principais grupos empresariais do país através de fundações, com a cumplicidade de Park, e ter se apropriando de parte do dinheiro. Ela está presa, assim como sua filha, Chung Yoo-ra,detida na Dinamarca no começo do ano.

Os investigadores acreditam o grupo Samsung assinou um contrato no valor de 22 bilhões de wons (cerca de 18,3 milhões de dólares) com uma empresa com sede na Alemanha, propriedade de Choi, e apoiou financeiramente Chung Yoo-ra, que se dedica ao hipismo, para que treinasse no país e comprasse novos cavalos. A gigante sul-coreana também doou 20,4 bilhões de wons (16,3 milhões de dólares) para duas fundações operadas por Choi, mas diz que o dinheiro seria destinado a promover a cultura local no exterior e o esporte.

Impeachment da presidente.

Procuradores investigam se os pagamentos da Samsung à empresa e às fundações têm relação com uma decisão de 2015 do fundo de pensão nacional de apoiar a controversa fusão entre duas unidades do grupo empresarial (Samsung C&T e Cheil Industries). O presidente do fundo de pensão estatal foi detido em dezembro.

A suspeita é que o gabinete presidencial pressionou o fundo público a apoiar a fusão em troca de favores da Samsung a Choi.
Park Geun-hye pode se tornar a primeira líder democraticamente eleita da Coreia do Sul a ser forçada a deixar o cargo antes do término do mandato, após o Parlamento aprovar em dezembro seu impeachment devido ao escândalo de corrupção, que levou milhares de pessoas às ruas pedindo sua renúncia. O afastamento agora será julgado pela Corte Constitucional do país. (AG)

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https://www.osul.com.br/a-propria-presidente-da-coreia-do-sul-pressionou-a-samsung-diz-o-herdeiro-da-empresa/ A própria presidente da Coreia do Sul pressionou a Samsung, diz o herdeiro da empresa 2017-01-13
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