Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Até o final de novembro, o governo do Estado fará a segunda tentativa para privatizar órgãos da administração indireta. Os projetos terão maior amplitude do que os enviados à Assembleia Legislativa em 2015 e que pararam diante da resistência de corporações.
CONSULTAS
Para levar à frente os projetos de privatização, o Executivo deverá remover algumas barreiras. Uma delas é convencer todos os deputados da base aliada. Depois, o plebiscito para a venda da CEEE, da Corsan e do Banrisul. Com 43 votos favoráveis, a exigência foi aprovada em 1º turno pela Assembleia Legislativa a 28 de maio de 2002. No 2º turno, a 11 de junho, a margem favorável ampliou para 52 deputados.
ONDE COMEÇOU
A primeira iniciativa para exigência do plebiscito, em caso de privatização, surgiu em 1998 na Câmara de Erechim. Depois, obteve apoio de 132 legislativos municipais.
FICA COMO ESTÁ
O discurso da reforma política confere um certo status e dá um ar de credibilidade, porém a maioria dos políticos não quer tocar em frente. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, interessa manter as 27 representações partidárias. Os nanicos, que frequentam o balcão de negociações, servem também de massa de manobra para as siglas maiores nas votações.
NÃO CONFEREM
O Tesouro Nacional amanhecerá nesta segunda-feira em pé de guerra: há diferenças entre os dados enviados pelos Estados em relação ao endividamento, aos gastos com pessoal e ao déficit da previdência dos servidores públicos. Está comprovado: na era da informática, os filtros vão se tornando cada vez mais precisos e nada escapa.
NINGUÉM SEGURA
Nos últimos 14 anos, o número de presos no Brasil cresceu 267 por cento, tornando-se o quarto maior do mundo. Dados do Conselho Nacional de Justiça mostram: em 2015 foram condenados à pena privativa de liberdade 281 mil réus contra 148 mil em 2009. Os governos não reservaram recursos para a construção de presídios, o que leva ao caos.
REDUÇÃO
A 23 de outubro do ano passado, os jornais registraram que a contratação de palestras de Luiz Inácio Lula da Silva tinha caído. De 2011 até o começo da Operação Lava Jato, eram duas por mês. A partir da Operação Lava Jato, veio para um evento a cada 75 dias.
RÁPIDAS
* Prefeitos eleitos no 1º turno começam a peregrinação a Brasília em busca de dinheiro. Voltarão aos municípios com as mãos abanando.
* Entre 1991 e 2015, a carga tributária no Brasil saltou de 23,5 por cento do Produto Interno Bruto para 32,5 por cento. Alguém notou melhoria nos serviços públicos?
* Um dia depois do outro: o parlamentar que conduziu a derrubada da presidente da República está confinado numa cela de 12 metros quadrados em Curitiba.
* O Trensurb tem recebido pedidos para criar o vagão rosa. Em outras capitais, resolveu o problema de assédio às mulheres.
* A eleição presidencial norte-americana ocorrerá a 8 de novembro, terça-feira, sem decretação de feriado. Efeito do voto facultativo.
* Nos estados perdulários, todos os gastos são pardos.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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