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Brasil A seca fará a conta de luz subir em outubro: a falta de chuvas afeta hidrelétricas, que produzem energia mais barata, e vai exigir o acionamento de termelétricas

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Cobranças adicionais são geradas quando a oferta de eletricidade cai e custo da operação do sistema aumenta. (Foto: Freepik)

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou na sexta-feira o acionamento da bandeira tarifária vermelha nível dois para as contas de energia de outubro, devido à baixa vazão das hidrelétricas com o tempo seco. Isso significa um custo adicional de R$ 3,50 a cada 100 kWh (kilowatts-hora) de eletricidade consumida.

Atualmente, a bandeira das contas de luz é amarela, o que significa um custo adicional de R$ 2. O aumento se deve à seca, que reduziu a capacidade de geração das hidrelétricas, que produzem energia mais barata.

As bandeiras sinalizam para os consumidores o custo de operação do sistema. Se a condição é favorável, ela é verde, mas se a oferta de energia cai são acionadas as bandeiras amarela e vermelha, em primeiro ou segundo patamar, que geram cobranças adicionais.

Regulamentadas em 2012, elas passaram a ser cobradas em 2015 e já tiveram valores maiores que os atuais: em março daquele ano, a bandeira vermelha impunha às contas um aumento de R$ 5,50 a cada 100 kWh (kilowatts-hora).
A faixa vermelha foi desdobrada em dois patamares em fevereiro de 2016. Desde então, ainda não havia sido cobrado o nível vermelho 2.

Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel, diz que não há risco para o abastecimento de eletricidade mesmo com a falta de chuvas, devido à diversificação da matriz energética, com outras fontes de geração. “O abastecimento, porém, está garantido, mas terá um custo mais alto”, declarou.

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) estimou que a carga de energia do sistema interligado do Brasil deverá subir 2,5% em outubro na comparação com

gual mês do ano passado, com projeção de forte alta de consumo no Sul e retração apenas no Nordeste.
As previsões de chuvas nas áreas das hidrelétricas, principal fonte de geração do país, não são otimistas. O ONS espera chuvas em 79% da média histórica no Sudeste e de apenas 31% no Nordeste, regiões que concentram os maiores reservatórios.

Com a perspectivas de maior demanda e chuvas fracas, o custo marginal de operação do sistema em outubro foi previsto pelo ONS em uma média de R$ 709,90 reais por MWh (megawatt-hora), apenas ligeiramente abaixo dos R$ 725,70 da semana anterior.

Segundo o relatório do operador, o atendimento à carga em outubro deve exigir o acionamento de termelétricas com custo de operação acima dos R$ 610 reais.

Rufino disse que o consumidor pode contribuir para o sistema ao reduzir sua demanda neste momento de custos mais elevados. A Aneel vai promover uma campanha na televisão e na internet sobre o uso consciente de energia, mas não será estabelecida uma meta para a redução de demanda, afirmou o diretor da Aneel.

Ele não quis comentar, no entanto, se há expectativa de manutenção das contas de energia no patamar mais caro de bandeira tarifária para além de outubro. Segundo Rufino, é muito cedo para projetar a bandeira tarifária para os próximos meses, uma vez que a temporada de chuvas está em seu início com a chegada da primavera.

Importação
O Brasil também irá aumentar importações de eletricidade junto aos vizinhos Uruguai e Argentina para enfrentar o problema de oferta. De acordo com Rufino, apenas a Argentina pode enviar cerca de 1.000 MW (megawatts) médios em eletricidade ao país. “A importação de energia do Uruguai e da Argentina entra para disputar com as térmicas”, apontou.

Apesar da elevação na tarifa, a situação do país é mais confortável hoje que há alguns anos. Em 2000, 94% da geração da eletricidade vinha de hidrelétricas. No ano passado, 73%. Especialistas dizem que o sistema hoje é mais seguro, porque tem mais linhas de transmissão, alternativas de geração e melhor gestão.

A ressalva é que o país passa pelo mais longo período de recessão de sua história, o que reduziu o ritmo do consumo de energia em 2015 e 2016, o que ajuda a evitar um impacto mais forte no preço da energia quando os reservatórios secam.

O governo está para editar leis e medidas para liberalizar o mercado e incentivar investimentos, mas não há ainda detalhes do projeto.

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