Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Esporte “A seleção brasileira de basquete existe outra vez”, disse o técnico Aleksandar Petrovic

Compartilhe esta notícia:

O técnico Aleksandar Petrovic já viveu muitas experiências no basquete, seja dentro ou fora de quadra. (Foto: Reprodução)

Perto de completar 60 anos, o técnico Aleksandar Petrovic já viveu muitas experiências no basquete, seja dentro ou fora de quadra. Há quase um ano, o croata aceitou o desafio de assumir a seleção brasileira em um momento caótico da modalidade e, apesar de ainda não fincar raízes no País – tem o visto de trabalho, mas, para evitar custos elevados, passa bastante tempo na Croácia – acredita que atingiu o objetivo de mudar o jeito de jogar do Brasil e que isso será fundamental para o bom desempenho no Mundial da China, em 2019, e garantir vaga em Tóquio-2020. Petrovic deu entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo.

Já vê diferença no basquete brasileiro?

“Acredito que alguma mensagem chegou. O basquete brasileiro está muito tempo focado em uma forma de jogar. Penso que poucas equipes jogam desta maneira no mundo, muito rápida, sem variações no ritmo, com muitos chutes de três e com pouco jogo de garrafão. No entanto, nos playoffs do NBB, notamos que há equipes focadas na defesa, mais agressivas, que não dependem tanto dos arremessas de longa distância. Mas isso não é minha obrigação. Estou muito contente com os jogadores da seleção, vendo nos treinos como tentam e absorvem a ideia de que não importa olhar apenas o ataque e quantos pontos fazemos. É certo que quando tivermos mais tempo de trabalho posso conseguir mais. Mas posso dizer que estou contente com o jogo que perdemos para o Canadá. Jogamos contra uma equipe que joga em um nível internacional, que vai lutar por medalha no Mundial. É uma equipe com seis jogadores que atuam na NBA e que tem dois ou três jogadores como Kevin Pangos, Melvin Ejim, que são importantes na Europa e fizemos um jogo parelho. Os jogadores estão dispostos a jogar de uma maneira um pouco mais internacional.”

Não se trata apenas da escola croata substituir a brasileira?

“Sou técnico desde 1990, são 28 anos, e cheguei aos maiores clubes da Croácia, trabalhei na Espanha, Itália. O Brasil é minha terceira seleção, estive com a Bósnia e com a Croácia em três oportunidades. Estive em Jogos Olímpicos, Mundiais, Europeus e sei o que é enfrentar Sérvia, França. É completamente diferente do jogo praticado no NBB. Uma coisa te serve para ganhar o NBB, outra é o que vimos nos 40 minutos contra o Canadá. É isso o que precisamos para estar entre os melhores do mundo.”

Qual sua avaliação sobre o basquete que se joga no Brasil?

“Aqui todos estão arremessando, até mesmo os pivôs. Para mim, é muito bom ter pivôs grandes, que joguem na posição cinco, e saibam chutar de três. Mas eles precisam saber jogar de costas para a cesta. Mas aqui, todos os pivôs começam, com 15 ou 16 anos, chutando sem antes aprender um movimento básico da posição. Não pretendo mudar a forma como se joga no NBB, mas asseguro que vou mudar a forma como vai jogar a seleção no próximo Mundial.”

O Brasil teve uma boa geração, com Nenê, Splitter, Marcelinho Machado, que ficou marcada por não conseguir um resultado expressivo…

“(interrompe)… Essa geração teve um problema muito grave. E esse problema se chama Argentina. No momento em que o Brasil poderia conquistar muitas coisas, a Argentina vem com uma geração um pouco mais forte. Um time com Scola, Ginobili, Nocioni, Prigioni… Essa geração da Argentina cortou bastante a vida de uma geração do Brasil.”

Mas, com remanescentes daquela geração, o atual grupo pode ganhar medalha no Mundial?

“O objetivo número um é uma vaga para Tóquio, mas, quando se chega nas quartas de final pela vaga, é uma guerra para entrar na briga por medalhas. Por isso, vou falar mais uma vez do jogo com o Canadá. Fico feliz por ver que estamos jogando um outro tipo de basquete. Após a decepção na Rio-2016 e na Copa América em 2017, podemos dizer que a seleção brasileira existe outra vez.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Esporte

O técnico da Seleção Brasileira, Tite, recorre a 78% dos jogadores que estiveram na Copa do Mundo
Pelo Brasileirão, o Grêmio venceu o Ceará em Porto Alegre
https://www.osul.com.br/a-selecao-brasileira-de-basquete-existe-outra-vez-disse-o-tecnico-aleksandar-petrovic/ “A seleção brasileira de basquete existe outra vez”, disse o técnico Aleksandar Petrovic 2018-09-22
Deixe seu comentário
Pode te interessar