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Brasil A Superintendência da Agência Nacional de Mineração em Minas Gerais conta com um quinto do pessoal necessário para atender à demanda de trabalho no Estado

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A tragédia com a barragem da Vale em Brumadinho comoveu o País. (Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Relatório de auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) aponta que a Superintendência da ANM (Agência Nacional de Mineração) em Minas Gerais conta com um quinto do pessoal necessário para atender à demanda de trabalho no Estado.

Segundo a auditoria do TCU de 2016, o antigo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) necessitava de 384 funcionários, mas contava na época com 79. Atualmente, segundo a Agência Nacional de Mineração, que sucedeu o departamento, há 74 funcionários em Minas Gerais.

Cabe à ANM regular e fiscalizar o setor. A agência é responsável, por exemplo, pela fiscalização das barragens de rejeitos de minérios. Na semana passada, uma barragem da mineradora Vale se rompeu em Brumadinho (MG), levando uma enxurrada de lama à região.

Há três anos, em Mariana (MG), uma barragem também se rompeu, matando 19 pessoas. Diante da tragédia em Brumadinho, o governo informou na segunda-feira que recomendará aos órgãos reguladores a fiscalização “imediata” de todas as barragens, com ênfase para as que apresentam risco de “dano potencial” à vida humana.

Fiscalização

De acordo com a área técnica do TCU, a falta de recursos e a deficiência do quadro de funcionários são alguns dos pontos mais “críticos” para a fiscalização de barragens de rejeitos minerais.

Segundo o secretário de Fiscalização de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração do TCU, Uriel de Almeida Papa, a falta de recursos e o “sucateamento” da estrutura da ANM deixam a agência dependente de informações das empresas para fazer as fiscalizações.

“Os trabalhos [do TCU] apresentaram uma conclusão transversal, que é a escassez de recursos e a precariedade da estrutura, de tal maneira que prejudica a ANM. Prejudica a fiscalização e faz com que a agência seja dependente das informações vindas das empresas”, afirmou.

“O fato é que a estrutura dada para a agência é a mesma estrutura precária dada ao DNPM”, acrescentou. De acordo com Uriel Papa, a estrutura da ANM é insuficiente para fiscalizar as centenas de barragens existentes atualmente.

Em um relatório de 2017 sobre a gestão de recursos da ANM, o TCU afirma que o então DNPM informou que o quadro de servidores equivalia a 62% do total necessário para a “adequada realização de suas atividades”.

Em 2016, após o rompimento da barragem em Mariana, uma auditoria do TCU apontou falhas do antigo DNPM na fiscalização de barragens e alertou ainda para o risco de novos acidentes, fixando uma série de determinações ao DNPM e ao Ministério de Minas e Energia.

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