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Mundo A tensão entre a China e os Estados Unidos derrubou o preço do petróleo no mercado mundial

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Donald Trump lamentou que os países estejam avançando "muito lentamente". (Foto: Reprodução)

Os preços do petróleo caíram, nesta terça-feira (7), em meio à pressão das ameaças comerciais do presidente americano, Donald Trump, à China.

Às 11h (horário de Brasília-DF), o barril de Brent do mar do Norte para entrega em julho era cotado a 69,85 dólares em Londres, 1,39 dólar a menos do que no fechamento de segunda-feira (7).

Em Nova York, o barril de WTI para entrega em junho perdia 1,31 dólar, negociado a 60,94 dólares.

Apesar de uma leve recuperação dos preços de segunda, o mercado de petróleo continua debilitado pelas tensões comerciais, após Trump anunciar, no domingo (6), um aumento das tarifas equivalente a 200 bilhões de dólares para produtos chineses exportados para os Estados Unidos.

Ameaça à economia mundial

A diretora gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, advertiu nesta terça-feira (7) que as tensões comerciais entre China e Estados Unidos são uma “ameaça para a economia mundial” e afirmou que os recentes “boatos e tuítes” não são favoráveis a um acordo.

“Está claro que as tensões entre Estados Unidos e China são uma ameaça para a economia mundial”, declarou a diretora do FMI à imprensa após um discurso no Fórum de Paris sobre o endividamento dos países em desenvolvimento.

“Tínhamos a impressão de que esta ameaça estava diminuindo, que as relações melhoravam e que estávamos caminhando para um acordo entre Pequim e Washington”, disse.

“Esperamos que este continue sendo o caso, mas hoje há boatos, tuites e os comentários não são muito favoráveis”, completou a diretora do FMI.

China e Estados Unidos retomarão as complexas negociações comerciais esta semana em Washington. O negociador chinês Liu He visitará na quinta-feira (9) e sexta-feira (10) a capital americana.

Aumento das tarifas

Os Estados Unidos vão aumentar para 25% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses importados, anunciou no domingo o presidente Donald Trump. Em rede social, ele apontou que a taxa já era de 25% para US$ 50 bilhões em produtos tecnológicos. Porém, era de 10% para os US$ 200 bilhões citados.

“Os 10% vão até 25% na sexta-feira [dia 10]”, escreveu Trump.

Ele também lamentou que as negociações comerciais entre os dois países estejam avançando “muito lentamente”.

Há anos, os EUA reclamam que a China gera ao país um considerável déficit comercial (que é a diferença do volume exportado entre os dois países). Trump alega que o país asiático rouba propriedade intelectual, especialmente no setor de tecnologia, além de violar segredos comerciais das empresas americanas, gerando uma concorrência desleal com o resto do mundo.

Por isso, o combate aos produtos “made in China” é uma bandeira de campanha de Trump que recebeu o apoio de vários países.

A meta do governo Trump era reduzir em pelo menos US$ 100 bilhões o rombo com a China. Só que há controvérsia até no cálculo do tamanho buraco: nas contas de Trump, é de US$ 500 bilhões; nas da China, é de US$ 275,8 bilhões; dados oficiais dos EUA, apontam ser de US$ 375 bilhões ao ano.

Em abril, os EUA anunciaram tarifas de US$ 50 bilhões sobre 1,3 mil produtos chineses, alegando violação de propriedade intelectual. Em resposta à taxação, a China impôs tarifas de 25% sobre 128 produtos dos EUA, como soja, carros, aviões, carne e produtos químicos.

Desde então, os dois países trocaram ameaças mútuas e agravaram a tensão comercial. O governo chinês acusou os EUA de serem “caprichosos” e alertou que os interesses dos trabalhadores e produtores agrícolas norte-americanos seriam afetados.

No começo de julho, os EUA impuseram novas tarifas de 25% sobre US$ 34 bilhões em importações chinesas, somando 818 produtos. As taxas miram em produtos que, para Trump, são comercializados de forma injusta, como veículos de passageiros, transmissores de rádio, peças para aviões e discos rígidos para computadores.
tags: economia

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