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Brasil A um ano da eleição municipal, as legendas de esquerda se preparam para tentar evitar uma segunda onda conservadora

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Bolsonaro recebeu 64,7% de apoio dos moradores de Glicério no segundo turno. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A um ano da eleição municipal, as legendas de esquerda se preparam para tentar evitar uma segunda onda conservadora do tamanho da que surpreendeu o mundo político em 2018.

Tradicionalmente acusado de não abrir mão de sua hegemonia no campo progressista, o PT promete que desta vez vai ceder espaço a nomes de outros partidos em cidades importantes. Mas os potenciais aliados ainda se mostram céticos.

Curiosamente, a aproximação mais intensa ocorre com o PSOL, uma dissidência petista. Em ao menos três capitais, psolistas devem liderar coligações com apoio do PT: Rio de Janeiro, com Marcelo Freixo, Belém, com Edmilson Rodrigues, e Florianópolis, com Elson Pereira.

“A gente surgiu como oposição ao governo Lula, mas isso já faz 15 anos. Agora somos todos oposição a Bolsonaro”, disse Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL. O apoio petista pode se repetir em outras cidades importantes, como Santo André (SP) e Sorocaba (SP). “Temos uma relação boa com o PSOL, até porque muitos deles nos conhecem, são ex-petistas”, afirmou a ex-senadora Ideli Salvatti.

Ex-responsável pela articulação política no governo Dilma Rousseff, ela faz parte de um conselho político que o PT montou para auxiliar a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, a elaborar a estratégia eleitoral, fazer diagnósticos e mapear aliados.

Compõem também a instância as ex-ministras Miriam Belchior (Planejamento) e Márcia Lopes (Desenvolvimento Social), o deputado federal José Guimarães (CE) e o ex-assessor da Casa Civil Vicente Trevas, além de ex-prefeitos em diversos estados.

“No momento existe uma forte tendência a buscar construir frentes. Em alguns lugares, isso está relativamente avançado. Mas ainda estamos na fase de ouvir os aliados”, destacou Ideli.

Outra capital importante em que o PT pode apoiar um aliado é Porto Alegre, onde Manuela D’Ávila deve ser candidata pelo PC do B. Em São Paulo, um cenário de união da esquerda no momento parece mais distante. O PT não tem candidato forte, uma vez que o ex-prefeito Fernando Haddad descarta concorrer.

Haddad disse que até 2022 quer se dedicar a fortalecer a Fundação Perseu Abramo, centro de discussão partidária, e transformá-lo em uma espécie de think tank. “Pretendo chamar economistas, sociólogos, educadores e especialistas de diversas áreas para criar uma antessala de discussão programática para o partido”, disse.

Mesmo com o ex-prefeito fora do páreo, o PT insiste em encabeçar chapa numa cidade que já governou três vezes. José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e preferido de Lula, também resiste a disputar, deixando o campo aberto para possíveis candidaturas vistas como menos competitivas, como as dos deputados Carlos Zarattini e Paulo Teixeira, do ex-deputado Jilmar Tatto e do vereador Eduardo Suplicy.

O PSB lançará o ex-governador Márcio França, o PC do B apresentou o deputado federal Orlando Silva, e o PSOL pode lançar a deputada Sâmia Bomfim. “A eleição será muito pautada pela polarização nacional, sobretudo nos grandes centros. Temos que construir um campo democrático de diálogo, até maior que a esquerda. Unir a esquerda é pouco”, disse Orlando Silva.

Ele defende, contudo, que uma aliança da esquerda na maior cidade do País ocorra no segundo turno e aponta as novas regras eleitorais como um estímulo para que seu partido lance o maior número possível de candidatos a prefeito.

Uma regra aprovada em 2017 e que vale a partir de 2020 veda a celebração de coligações nas eleições ao Legislativo. “O fim das coligações proporcionais vai estimular a pulverização das candidaturas a prefeito”, apostou.

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