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Brasil A venda de garrafas da adega do ex-deputado Paulo Maluf entra na mira do Ministério Público

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O ex-deputado Paulo Maluf, que tem uma adega com os melhores vinhos do mundo, está em prisão domiciliar. (Foto: Leonardo Prado/ Câmara dos Deputados)

A venda de um lote de 862 garrafas da adega do ex-deputado Paulo Maluf (PP-SP), estimada em US$ 3,8 milhões (cerca de R$ 15 milhões), entrou no radar do MP (Ministério Público) de São Paulo. O político colocou as garrafas à venda e só aceita pagamento em espécie, segundo revelou o colunista Lauro Jardim.

O coordenador da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, Silvio Marques, diz que atualmente não há restrição da Justiça para que o político consuma ou mesmo venda suas garrafas. Ainda assim, explica que o órgão pretende verificar o repasse das bebidas: “Precisamos saber quem são os compradores, tipos de vinho e valores cobrados por garrafa. Os casos (que envolvem Maluf) ainda não foram juntados (na Justiça), sempre há dificuldade para recuperar dinheiro público”.

A assessoria de Maluf enviou nota à coluna de Lauro Jardim negando o interesse do ex-governador em vender sua adega. “Não é verdadeira a notícia de que Paulo Maluf está vendendo vinhos de sua propriedade que, aliás, não valem tanto assim. Paulo Maluf vai ser internado no Hospital Sírio-Libanês, para ser operado de um câncer. Não tem tempo portanto, para se ocupar em vendas deste tipo”. A coluna confirma a informação publicada.

O advogado de Maluf, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, lembra que, quando se entra com um mandado de segurança, a lei diz que você tem que ter “direito líquido e certo para conseguir ganhá-lo”.

“Por isso eu digo que, no caso da adega, vendê-la é um direito líquido e certo do doutor Paulo”, brinca.

Condenado a sete anos, nove meses e dez dias de cadeia, o político do PP cumpre desde março deste ano pena em prisão domiciliar, por razões de saúde. Ele chegou a passar uma temporada na Papuda, em Brasília, e teve o mandato de deputado federal cassado este ano pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

Obras de infraestrutura de sua gestão como prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996, foram superfaturadas, segundo investigações do Ministério Público.

A adega que Maluf mantém na mansão que ocupa uma área de quase um quarteirão nos Jardins, área nobre de São Paulo, é famosa entre políticos e amigos, pela qualidade das garrafas e pelas coleções de vinhos raros, em especial os franceses. A garrafa mais cara à venda é uma edição de 1971 de Romanée-Conti, de 1,5 litro, cotada em US$ 67 mil — cerca de R$ 250 mil.

Hoje Maluf está impedido de vender sua casa, bem como suas ações na Eucatex, empresa da família, porque esses bens são alvo de bloqueio da Justiça. Segundo Silvio Marques, o patrimônio etílico de Maluf não foi alvo de pedido de bloqueio por razões práticas: “Não houve pedido específico sobre os vinhos, pois havia e ainda há necessidade de mantê-los em adega. Isso acarretaria custos ao município”.

 

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