Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo A Venezuela expulsou o embaixador da Alemanha que recebeu Juan Guaidó em aeroporto

Compartilhe esta notícia:

Grupo de Lima não considera tentativa de rebelião de Guaidó como fracassada (Foto: Reprodução)

O governo da Venezuela expulsou do país, nesta quarta-feira (6), o embaixador da Alemanha Martin Kriener, provocando protestos do governo alemão. Em outra ação, o regime chavista libertou e ordenou a deportação para Miami (EUA) de Cody Weddle, um jornalista norte-americano que vivia em Caracas e colaborava com diversas publicações internacionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e das agências de notícias Reuters, AFP e Efe. 

Kriener foi comunicado que teria 48 horas para deixar a Venezuela depois de ter liderado um grupo de diplomatas europeus e latino-americanos na recepção ao líder opositor Juan Guaidó no Aeroporto de Maiquetía, na segunda-feira (4). A Alemanha é um dos mais de 50 países que reconhecem o presidente da Assembleia Nacional como presidente interino do país.

Guaidó retornou à Venezuela depois de passar nove dias viajando por Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador, discutindo a crise venezuelana com líderes regionais. Proibido pelo presidente Nicolás Maduro de deixar o país, ele viajou sem problemas à Venezuela e convocou para sábado novos protestos contra o governo.

Logo depois que Guaidó declarou-se presidente interino do país, em janeiro, o governo americano alertou Caracas de que haveria “sérias consequências” contra a Venezuela se o chavismo decidisse prendê-lo ou ameaçá-lo fisicamente. Mesmo com a retórica de que Guaidó seria processado e impedido de deixar o país, nada aconteceu.

Contra os alemães, no entanto, a reação chavista foi mais dura. Em comunicado, o governo venezuelano afirmou que sua decisão se deve a “recorrentes atos de ingerência nos assuntos internos do país pelo diplomata que, “em desacato, compareceu ao Aeroporto Internacional de Maiquetía para testemunhar a chegada do deputado Juan Guaidó”.

A Venezuela considera inaceitável que um representante diplomático estrangeiro exerça em seu território um papel público mais típico de um líder político em clara sintonia com a agenda conspiratória de setores extremistas da oposição venezuelana”, diz a nota.

O governo alemão, por sua vez, anunciou que consultará aliados europeus para saber como responder à expulsão do embaixador. “É uma decisão incompreensível, que agrava a situação, em vez de amenizar tensões”, disse o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas. “O apoio alemão a Guaidó é inabalável.”

Em sessão na Assembleia Nacional, que é controlada pela oposição, o autoproclamado presidente interino disse que a expulsão é uma ameaça dos chavistas. “Hoje, o regime que usurpa funções, que não tem capacidade para declarar persona non grata a ninguém, simplesmente exerce coação”, disse Guaidó.

Segundo a emissora WPLG – afiliada da rede de televisão ABC na Flórida para a qual o jornalista Cody Weddle trabalha, o repórter foi libertado e estava no aeroporto de Maiquetía esperando um voo que o levaria de volta aos EUA. A mãe do jornalista, Sherry Weddle, que está na Virginia, disse que estava aliviada com a notícia de sua libertação.

Mais cedo, o Sindicato Nacional de Jornalistas da Venezuela (SNTP) denunciara a prisão de Weddle, em Caracas. De acordo com o sindicato, a residência do jornalista na capital venezuelana foi invadida por funcionários do serviço de contrainteligência do Exército por volta das 8 horas locais. Ele foi levado pelos militares juntamente com sua equipe de trabalho, depois de ter tido a casa revirada.

De acordo com vizinhos do jornalista, os militares que o levaram traziam uma ordem de detenção emitida por um tribunal militar venezuelano. Weddle trabalha há anos como freelancer na Venezuela e colabora com veículos como o jornal Miami Herald, o canal ABC e o diário britânico Telegraph.

Por meio do Twitter, a subsecretária de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Kimberly Breier, criticou a prisão de Weddle e exigiu sua libertação imediata. “O Departamento de Estado está profundamente preocupado com os relatos de mais uma prisão de um jornalista americano”, afirmou. “Ser jornalista não é um crime.”

Na semana passada, autoridades chavistas deportaram o jornalista mexicano-americano Jorge Ramos, da TV Univisión, o maior canal de língua espanhola dos EUA, após ele entrevistar o presidente Nicolás Maduro e fazer perguntas que desagradaram ao líder chavista. Ramos filmou venezuelanos comendo lixo, o que teria irritado Maduro.

Desde janeiro, governo americano vem alertando seus cidadãos a não viajarem para a Venezuela e disse que qualquer ameaça chavista contra o corpo diplomático dos EUA na Venezuela teria “graves consequências”.

Em Washington, o governo americano revogou 77 vistos de venezuelanos próximos a Maduro e advertiu “às instituições financeiras estrangeiras que enfrentarão sanções” se facilitarem “transações ilegítimas que beneficiem o governo venezuelano”.

Os Estados Unidos vão revogar 77 vistos, até mesmo os de muitos funcionários do regime Maduro e suas famílias. Continuaremos fazendo o regime de Maduro prestar contas até que a liberdade se restabeleça na Venezuela”, afirmou o vice-presidente dos EUA, Mike Pence.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Festa de estudantes com a cruz suástica e saudação nazista choca os EUA
A Austrália proibiu a entrada de condenados por violência doméstica
https://www.osul.com.br/a-venezuela-expulsou-o-embaixador-da-alemanha-que-recebeu-juan-guaido-em-aeroporto/ A Venezuela expulsou o embaixador da Alemanha que recebeu Juan Guaidó em aeroporto 2019-03-06
Deixe seu comentário
Pode te interessar