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Brasil A verdadeira reforma do ensino é o investimento no professor

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Carreira deve estimular o ingresso e a permanência. (Foto: Reprodução)

Os dados divulgados pelo Ministério da Educação consolidam a tendência observada nos anos anteriores: avanço com maior vigor nas séries iniciais do ensino fundamental (alunos de 6 a 10 anos) e melhora, ainda tímida, nos anos finais (11 a 14 anos). No caso do ensino médio (para os jovens de 15 a 17 anos), a tendência é de estagnação, com indicação de queda. Mas a verdadeira reforma do ensino é o investimento no professor. A reflexão é de Priscila Cruz, presidente do movimento Todos Pela Educação para o jornal Estado de S. Paulo.

A chamada reforma no ensino médio, com a organização da etapa por itinerários diversos, pode ajudar. Também deve contribuir a Base Nacional Comum Curricular, documento para definir o que o aluno deve aprender em cada série, sem que haja redução de disciplinas, mas com opções de aprofundamento de aprendizagem.

Mas a verdadeira reforma é o investimento no professor: uma carreira que estimule o ingresso e a permanência, boa formação inicial nas universidades e formação continuada em sala de aula, além de melhores condições para o trabalho docente. O teto de qualidade de qualquer sistema educacional é a qualidade de seus professores.

De forma geral, os Estados que mais avançam têm políticas semelhantes. Entre elas se destacam a aposta na educação integral, profissionalização da gestão escolar, maior colaboração entre Estados e municípios, reforço para os jovens não ficarem pra trás e mais participação da comunidade escolar – professores, alunos e famílias – nas políticas públicas.

Casos como os de Pernambuco, Espírito Santo e Alagoas – este último não está entre os melhores, mas mostrou importante reação no fundamental e no médio – mostram que o mais baixo nível socioeconômico não é sentença de mau resultado.

No Ceará, já é possível constatar transição de resultados. O bom desempenho nos anos iniciais em edições anteriores do Saeb já se traduziu, após anos de sucesso de programas com ênfase na alfabetização, em avanço nas etapas seguintes.

Índices de aprendizagem revelam desigualdade

A avaliação que mostrou que 70% dos alunos do ensino médio têm nível insuficiente em português e matemática também revelou que há disparidades quando comparadas as proficiências das redes pública x privada, das escolas rurais x urbanas e ainda segundo o perfil socioeconômico dos alunos. Antes delas, a primeira diferença é a realidade de 15 estados, grupo que apresentou piora no desempenho em alguma das provas aplicadas pelo Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Brasileira), do MEC (Ministério da Educação).

Pela primeira vez o Ministério da Educação definiu uma escala de proficiência a partir das notas. As pontuações representam níveis que revelam se a aprendizagem dos alunos está em um estágio inadequado, básico ou adequado. No 3º ano do ensino médio em matemática, por exemplo, pontuações entre 225 e 300 estão no nível inadequado de aprendizagem. O básico representa desempenho entre 300 e 375 pontos. Para atingir o que é considerado adequado é necessário ter entre 375 e 400 pontos.

No Brasil, na prova de português, a média obtida pelas escolas públicas foi de 209,13 pontos e, nas particulares, 241,62 – uma diferença de 32,49 pontos. Já na de matemática, a disparidade é ainda maior: de 33,29 pontos (as públicas alcançaram média de 218,56 pontos e as privadas, 251,82).

Embora as médias das escolas particulares em português no 5º ano do ensino fundamental sejam mais altas se comparadas às do ensino público, elas também não atingem o nível de proficiência considerado adequado, segundo a escala definida pelo MEC.

Nesta etapa, para que o aprendizado seja considerado adequado em português, os alunos precisariam ter desempenho de pelo menos 275 pontos. Nenhum Estado atingiu este indicador.

tags: educação

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https://www.osul.com.br/a-verdadeira-reforma-do-ensino-e-o-investimento-no-professor/ A verdadeira reforma do ensino é o investimento no professor 2018-08-31
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