Terça-feira, 23 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Abalados pela corrupção, MDB, PT e PSDB ensaiam renovação sob o olhar de antigas lideranças

Compartilhe esta notícia:

Inquérito foi aberto em 2017, a partir da delação da Odebrecht. Na foto, Romero Jucá (D) e Renan Calheiros. (Foto: Divulgação)

Atingidos pela onda que levou Jair Bolsonaro à Presidência, à eleição de governadores considerados azarões e a uma renovação histórica no Congresso, os três partidos tradicionalmente mais fortes do País – MDB , PT e PSDB – deram a largada para se reestruturar até as eleições de 2020.

Depois de o PSDB trocar seu comando, num processo que representou a vitória do grupo do governador de São Paulo, João Doria, MDB e PT discutem a redefinição de suas cúpulas e de suas estratégias partidárias. Nas três legendas, a palavra recorrente é “renovação”, mesmo que sob comando de velhos rostos ou seus apadrinhados.

O ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) deve deixar o comando do MDB no fim de setembro, quando o partido planeja fazer sua convenção. Ainda não há consenso sobre sua substituição. A queda de braço passa pelas bancadas da Câmara e do Senado e pelos governadores da sigla. À frente do processo, Jucá prega união e reciclagem da vida partidária.

“Estamos discutindo um novo estatuto e uma revisão programática. O partido precisa de unidade para enfrentar um grande desafio que vem pela frente: as eleições municipais. Somos grandes no país, mas precisamos sair maiores para retomar nossa força no Congresso”, disse Jucá.

O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), e o senador Renan Calheiros (AL) também pregam renovação. “As ideias precisam voltar a permear o MDB, que teve um peso fundamental na transição democrática, além da participar da Constituição, com tantos avanços sociais”, afirmou Braga.

A mudança, no entanto, deve chegar carimbada por nomes apadrinhados por velhos caciques da legenda. Os governadores Helder Barbalho (Pará) e Renan Filho (Alagoas), filhos dos senadores Jader Barbalho e Renan Calheiros, são cotados para o cargo. Outro nome é Ibaneis , que abrigou indicados de José Sarney, Tadeu Filippelli, Michel Temer e Jucá no governo do Distrito Federal. A senadora Simone Tebet (MS), o deputado Baleia Rossi (SP) e o ex-deputado Daniel Vilela (GO) também são apontados como nomes para presidir o partido.

Marcada por escândalos, como a prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (RJ), a legenda deve incluir em seu estatuto a previsão de desligamento automático de filiados condenados em segunda instância. Em caso de prisões, a ideia é o afastamento temporário. O partido quer dar mais espaço às mulheres e a jovens, além de manter a defesa da agenda econômica.

Perfil combativo

Preso em Curitiba desde abril de 2018, o ex-presidente Lula resolveu, há alguns dias, encerrar definitivamente a insurgência de articulações que queriam lançar ao comando do PT o nome de Fernando Haddad, candidato à Presidência derrotado no ano passado, ou o do senador Jaques Wagner (BA).

Ambos, contudo, diziam que só aceitariam a missão com o apoio do ex-presidente. Para acabar com a dúvida sobre sua preferência, Lula avisou ao partido que Gleisi é a sua candidata porque, segundo ele, tem o perfil combativo necessário à atual conjuntura. A decisão contrariou caciques petistas que discordam de como Gleisi comanda o partido. Mas eles também pactuaram que não haverá resistência organizada a ela. A deputada paranaense deverá ser reconduzida à presidência pelos próximos quatro anos.

Gleisi disse que o PT se concentra agora em definir seus comandos municipais. Na sequência, serão eleitos os estaduais e, só então, o nacional. Ela nega que sua recondução esteja posta e diz que o partido começa as conversas sobre seu comando.

No PSDB, o ex-deputado Bruno Araújo (PE) assumiu o comando do partido sob as bênçãos do governador de São Paulo, João Doria, com a missão de revolucionar a legenda cuja imagem foi arranhada por escândalos de corrupção e que saiu menor das últimas eleições.

Nessa onda de mudanças, o partido instituiu um Conselho de Ética que pode expulsar da legenda filiados como o deputado federal Aécio Neves(MG), ainda que a preferência de integrantes da sigla é de que ele próprio peça afastamento.

Na busca por uma nova identidade ao PSDB, Doria tem trabalhado para trazer rostos novos à sigla, que tem uma velha guarda atuante. “Estamos construindo um novo PSDB, que saberá honrar seu passado, mas será digital e não mais analógico. Será um partido inovador nas suas propostas de governar e repleto de jovens e mulheres”,  afirmou o governador.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Prefeito Marchezan será homenageado em Brasília
Prédio do governo federal é ocupado por 300 mulheres indígenas em Brasília
https://www.osul.com.br/abalados-pela-corrupcao-mdb-pt-e-psdb-ensaiam-renovacao-sob-o-olhar-de-antigas-liderancas/ Abalados pela corrupção, MDB, PT e PSDB ensaiam renovação sob o olhar de antigas lideranças 2019-08-12
Deixe seu comentário
Pode te interessar