Quinta-feira, 28 de março de 2024

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| Abram alas, que o samba vai passar

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Abram alas, que o samba quer passar. E passa. Na alegre Pindorama, a cantoria começou com Donga. “Pelo telefone” abriu o caminho. Cartola, Pixinguinha, Monsueto de Menezes, Noel Rosa, Clementina de Jesus seguiram-no. Hoje existe uma certeza: “Quem não gosta de samba / Bom sujeito não é / É ruim da cabeça / Ou doente do pé”. E uma dúvida: qual o berço da palavra carnaval?

De onde?

Carnaval vem de carne. Significa dias em que a carne é liberada. Opõe-se à quaresma, período de abstinência. Como festa pagã, escreve-se com a inicial minúscula. Antes de chegar a este país tropical, a palavrinha bateu pernas. Desembarcou aqui por via do italiano carnevale. Mas seu berço é o latim. Lá, significava adeus à carne.

Verde-amarela

A festa deitou e rolou nesta terra mestiça. Ganhou identidade verde-amarela e deu filhotes. Dela nasceu carnavalesco. O sufixo -esco, velho conhecido nosso, aparece em adjetivos. Mas não qualquer adjetivo. Só em derivados de substantivos. As quatro letrinhas querem dizer semelhante, parecido. Carnavalesco é semelhante a carnaval; dantesco, a Dante; burlesco, a burla (zombaria); momesco, a momo; quixotesco, a Quixote, o cavaleiro da triste figura. Às vezes, o “-esco” muda de cara. Vira -isco. Mas mantém o significado. É o caso de mourisco, referente ou semelhante a mouro.

Neto & cia.

A família cresceu. Veio o neto – o advérbio carnavalescamente. Reparou? Ele é filho do adjetivo (carnavalesco). Cuidado ao usá-lo. Dizer que uma pessoa se comporta carnavalescamente às vezes ofende. O recado é este: você age como se estivesse no carnaval. Parece palhaço.

Samba

Cair no samba é a ordem. Antes de entrar na folia, saiba a origem da dissílaba. O ritmo nasceu na África. Provavelmente do quimbundo, língua da família banta, falada em Angola.

Sem monotonia

Há um samba da gema. E variações pra dar e vender. Samba-canção, samba-choro, samba-enredo, samba-exaltação, samba-roda são algumas. Todas têm um denominador comum. Aceitam dois plurais. Um: flexionam-se os dois termos (sambas-canções, sambas-choros, sambas-enredos, sambas-exaltações, sambas-rodas). O outro: só o segundo ganha s. Aí, subentende-se a expressão que servem de: sambas- (que servem de) canção, sambas- (que servem de) choro, sambas- (que servem de) enredo, sambas- (que servem de) exaltação, sambas- (que servem de) roda.

Leitor pergunta

Etc. e tal – quando usar?
Chico Adnet, Brasília
Emprega-se etc. e tal da mesma forma que o etc. Ele conclui uma enumeração: Comprei laranja, pera, maçã, uva, melancia, etc.
A diferença? Etc. e tal é uso informal, de bermuda, camiseta e chinelo: Comprei laranja, pera, maçã, uva, melancia, etc. e tal.

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