Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2019
Após a confusão que levou ao fim da audiência com o ministro Sérgio Moro na Câmara dos Deputados na terça-feira (02), o titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública atribuiu o encerramento do encontro a ofensas do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que o chamou de “juiz ladrão”.
“Acho que prestei informações, respondi, houve até alguns ataques, acho que a gente respondeu tudo. No final, um deputado absolutamente despreparado, que não guarda o decoro parlamentar, fez uma agressão, umas ofensas que são inaceitáveis. E, infelizmente, se teve de encerrar a sessão, e a culpa é desse deputado absolutamente despreparado, Clauber, acho, Glauber alguma coisa, sabe Deus lá de onde veio isso aí”, disse Sérgio Moro ao se despedir da Câmara, na única fala aos jornalistas, sem admitir perguntas.
Glauber Braga respondeu. “O Moro me chamar de desqualificado, para mim, é um elogio. Porque alguém como ele que se vendeu, que se corrompeu e que, depois, recebeu um cargo no ministério de Jair Bolsonaro exatamente por ter se vendido, o nome disso é corrupção. Ele mente quando diz combater a corrupção, ele tem um projeto de poder próprio”, disse o deputado na saída da sessão.
Críticas a Bolsonaro
Publicações em redes sociais afirmam que o ministro Sérgio Moro teria trocado mensagens de áudio com o procurador da República Deltan Dallagnol criticando o presidente Jair Bolsonaro. Não há, no entanto, evidências que comprovem a existência das mensagens e tampouco integram a série de reportagens publicadas até o momento pelo site The Intercept Brasil.
De acordo com os posts no Facebook, Moro teria chamado Bolsonaro de “imbecil” em áudio enviado a Dallagnol, que responderia chamando o presidente de “ameba”. A publicação não informa quando o áudio teria sido supostamente compartilhado nem o contexto da conversa. Tudo indica que se trata de uma falsidade.
Nas reportagens publicadas pelo The Intercept Brasil até o momento, o presidente Bolsonaro não é citado em conversa nem é xingado em áudio. Outras duas reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo com o mesmo material também não citam troca de mensagens com esse conteúdo entre o procurador e o então juiz federal.
O The Intercept Brasil afirmou que o conteúdo é falso: “O suposto dialogo é falso e não faz parte do arquivo do Intercept Brasil”. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.