Armando Burd Abuso com dinheiro público
Por Redação O Sul | 4 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O site da Câmara dos Deputados anuncia com destaque, nesta quarta-feira, que “pretende reduzir em 5 por cento ao ano, no mínimo, o uso de papel em suas atividades”. Só não informa qual o consumo atual.
A última notícia que tratou do assunto foi da Agência G1 em fevereiro de 2013, referindo-se a 2012, e obtida por meio da Lei de Acesso à Informação: “A Câmara dos Deputados consumiu 64 mil resmas em 12 meses. Cada resma tem 500 folhas do chamado papel tamanho ofício.” Portanto, 3 milhões e 200 mil folhas.
Na era da Informática, um desperdício. Se avaliarmos o custo/benefício, o resultado é sofrível.
Dinheiro público parece não ser o problema: a Câmara dos Deputados e o Senado terminarão este ano com gasto total de 9 bilhões e 300 milhões de reais, o equivalente a 25 milhões e 400 mil por dia. Um pouco mais de 1 milhão por hora. A maior parcela é para a Câmara dos Deputados, que tem orçamento de 5 bilhões e 400 milhões. O Senado conta com 3 bilhões e 900 milhões para despesas. No ano passado, o orçamento autorizado para as duas Casas foi de 8 bilhões e 700 milhões.
A Democracia tem custo, sim. Porém, deve ficar dentro do que os contribuintes de impostos podem pagar. Exagero equivale a abuso.
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