Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de março de 2017
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas continuará trabalhando com a empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC), mesmo após o erro histórico na entrega da estatueta de melhor filme na premiação deste ano. A instituição, porém, endureceu seu protocolo para evitar novas gafes.
A companhia assumiu a responsabilidade pelo anúncio errado na cerimônia de 26 de fevereiro, e atribuiu a culpa a dois membros de sua equipe. Durante o evento, um consultor da PwC entregou a Warren Beatty o envelope errado no momento do anúncio do prêmio mais esperado da noite.
A dupla de Beatty no palco, Faye Dunaway, anunciou como ganhador o filme “La La Land: Cantando estações” e se passaram mais de dois minutos até que o erro fosse corrigido e os produtores do filme premiado, “Moonlight: Sob a luz do luar”, fossem chamados para receber suas estatuetas.
“Depois de uma cuidadosa verificação, que incluiu uma extensa apresentação dos protocolos ajustados e ambiciosos controles, o Conselho decidiu continuar trabalhando com a PwC”, escreveu na quarta-feira (29) Cheryl Boone Isaacs, presidente da Academia, em um mensagem enviada aos membros da instituição e obtida pela agência France Press.
Ela acrescentou que a Academia foi “implacável em nossa avaliação já que o erro cometido pelos representantes [da PwC] é inaceitável”. Os dois consultores responsáveis pela confusão foram declarados no início de março “persona non grata” no Oscar.
De acordo com a revista Variety, a Academia também decidiu endurecer os protocolos de controle para evitar novos fiascos no Oscar. As novas regras incluem um terceiro auditor, que conhecerá os vencedores com antecedência e poderá alertar o diretor da cerimônia em caso de erro. Além disso, serão proibidos dispositivos eletrônicos nos bastidores – Brian Cullinan, funcionário da PwC que entregou o envelope errado a Beatty, postou uma foto da atriz Emma Stone no Twitter pouco antes da gafe.