Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Acidente com a Chapecoense lança alerta no mercado de voos fretados

Compartilhe esta notícia:

Acidente em voo fretado que transportava a equipe do Corinthians, em 1996. (Foto: Reprodução)

Duas décadas se passaram entre a quase tragédia com o time do Corinthians no aeroporto de Quito (Equador) em 1996 – mesmo ano do acidente fatal com a banda Mamonas Assassinas, em São Paulo – e a queda do avião da Chapecoense, na Colômbia.

No Equador, o avião da delegação alvinegra não conseguiu decolar e foi parar na avenida em frente ao aeroporto. A aeronave fretada, que havia sido usada por uma empresa de Marrocos, era da então novata companhia brasileira Fly, que teve vida curta.

Na semana passada, a morte de 71 pessoas, entre jogadores, comissão técnica, dirigentes e jornalistas após a queda do único avião em funcionamento da empresa boliviana LaMia voltou a disparar o sinal de alerta no mercado de fretamentos aéreos. Principalmente os times de futebol, formados por grandes grupos, preferem alugar um avião inteiro porque isso facilita o deslocamento. Os horários, normalmente, são definidos pelas comissões técnicas, o que é conveniente para o descanso e a preparação dos atletas. Os custos tendem a ser menores.

Após a tragédia, os times brasileiros querem que a Conmebol, órgão responsável pelo futebol no continente, organize um sistema único de logística para os deslocamentos pela América Latina. Os jogadores do Boca Juniors pediram para usar apenas os voos de carreira. Isso apesar de o time de Buenos Aires usar muitas vezes uma empresa argentina especializada em fretamentos, considerada idônea no mercado.

Em Chapecó, os enlutados pais de alguns jogadores reclamaram de o clube ter escolhido voar em um avião alugado, de uma empresa praticamente desconhecida. Os dirigentes da agremiação, contudo, se defenderam, dizendo que alugaram um equipamento de uma empresa conhecida, que havia feito dezenas de voos com times de futebol nos últimos meses.

“É um processo de logística importante, não pode ser feito pensando apenas no custo. Ou como se fosse o aluguel de um carro em uma locadora”, diz Marcus Reis, piloto e coordenador de um curso de ciências aeronáuticas.

Segundo ele, é comum ocorrer muitos acidentes rodoviários, em finais de semana, com grandes grupos, porque o aluguel foi feito apenas levando em consideração o custo da viagem. E não o estado do ônibus nem a habilitação dos motoristas.

“No caso da logística aérea, existem pessoas especializadas em achar soluções, porque conhecem o setor.”

Apesar da insegurança gerada pelo acidente, o mercado de fretamento no Brasil e na maioria dos países é seguro, dizem os especialistas. Ele é feito normalmente com aviões das grandes empresas do setor e também segue as mesmas regras da aviação comercial nacional.
Mesmo as empresas especializadas em fretamentos usam aviões de renome. Inclusive o modelo britânico que caiu com o time da Chapecoense.

No Brasil, os especialistas afirmam, um acidente como o registrado na Colômbia não teria chances de ocorrer. Isso porque, segundo eles, se um piloto apresentar um plano de voo em que a autonomia for a mesma da duração da viagem, a decolagem não seria autorizada em nenhuma hipótese.

Fretamentos.
O mercado de fretamentos no Brasil não é maior mais por uma questão comercial do que logística ou de segurança, afirma o coronel Douglas Machado, piloto, consultor de empresas do setor e especialista em investigações de acidentes aéreos. “É um mercado com muito potencial. Seja por causa dos times de futebol, seja por causa do turismo”, diz.

Apesar de o preço variar bastante, o fretamento de um jato para quase 200 pessoas, estimam os especialistas do setor, pode variar de 8 mil dólares a 15 mil dólares a hora de voo. Os clubes que costumam fazer isso ainda podem vender os lugares vazios para torcedores ou jornalistas.

“No Brasil, atualmente, deve existir, em média, a decolagem de cinco a seis voos fretados por dia”, estima Machado. São mais de 3 mil voos regulares por dia no País. (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Homem confessa ter matado a namorada e leva a polícia até o corpo dela
Em Santa Catarina, homem precisa da ajuda dos bombeiros ao ficar entalado em sua cela enquanto tentava fugir pelo buraco feito para a passagem de alimentos
https://www.osul.com.br/acidente-com-a-chapecoense-lanca-alerta-no-mercado-de-voos-fretados/ Acidente com a Chapecoense lança alerta no mercado de voos fretados 2016-12-06
Deixe seu comentário
Pode te interessar