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Saúde Acidente com morte provoca debate sobre o perigo de se exercitar em esteiras

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Mais de 50 milhões de americanos usam esteiras. (Foto: reprodução)

Detalhes sobre a morte de Dave Goldberg, empreendedor e marido da diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, ainda são nebulosos. Ele foi encontrado sangrando na academia de um hotel mexicano na última sexta-feira. Goldberg morreu pouco depois em um hospital próximo, mas as circunstâncias ainda estão sendo apuradas. O caso, entretanto, coloca em evidência o aparelho no centro da morte do executivo de tecnologia: a esteira ergométrica. Goldberg escorregou e caiu enquanto usava uma das esteiras no luxuoso hotel Four Seasons. De acordo com autoridades locais, ele bateu a cabeça e morreu de traumatismo craniano e perda de sangue.

Mas o seu bizarro acidente na verdade não é tão raro. Todo ano, dezenas de milhares de americanos se machucam em esteiras. Milhares são levados para atendimento de emergência. Alguns morrem. Dados sugerem que o problema está piorando. Ao mesmo tempo em que as esteiras se tornam mais potentes, aumentam as distrações digitais que fazem essas máquinas se tornarem mais perigosas. “Temos que pesar os custos e os benefícios desses tipos de atividades, e estar cientes desses riscos”, disse Janessa M. Graves, professora na Escola de Enfermaria na universidade Washington State que conduziu um estudo, em 2013, sobre ferimentos em máquinas de exercício. As esteiras hoje são o equipamento de exercício mais popular dos EUA. Mais de 50 milhões de americanos usam os aparelhos atualmente, de acordo com a CBS. A indústria de equipamentos para ginástica cresceu 3,5% em 2014, movimentando 8,4 bilhões de dólares, e as “esteiras continuam a ser a categoria mais vendida”, segundo dados da indústria de atividades esportivas nos Estados Unidos. Ferimentos.

O fato é que equipamentos de ginástica – e esteiras em particular – podem também ser perigosos. “Quase 460 mil pessoas foram mandadas para o hospital em 2012 por causa de ferimentos relacionados a esse tipo de equipamento”, segundo o USA Today. “A vasta maioria, quase 428 mil, foram medicados e liberados, mas cerca de 32 mil acabaram internados ou morreram”.

As esteiras são responsáveis pela maior parte desse tipo de ferimento, disse Graves. Em um estudo de 1.782 registros de ferimentos de 2007-2011, ela descobriu que elas estavam envolvidas em 66% dos casos, embora ocupem apenas um quarto do mercado de equipamentos. Graves disse que ela ficou chocada não apenas pela proporção de ferimentos causadas pelas esteiras, mas também pelas vítimas. “Surpreendeu o número de ferimentos em crianças”, conta. “Em especial nas faixas de 0 a 4 e 5 a 9”, em muitos casos, crianças queimaram as mãos no piso em movimento ou, pior, prenderam os dedos nas poderosas máquinas. O que preocupa é o aumento dos ferimentos nesse tipo de equipamento.

Segundo dados do Neiss, sistema de monitoramento de ferimentos em eletrônicos, os casos com esteiras praticamente triplicaram entre 1991 e 2012. O aumento pode ser atribuído a dois fatores: a popularização dos equipamentos de fitness por meio de aparelhos mais baratos e mais poderosos e a proliferação de smartphones e outros aparelhos móveis que nos distraem enquanto tentamos correr. O iPhone foi introduzido em 2007, por exemplo, enquanto os ferimentos em equipamentos aumentaram 45% nos três anos seguintes. (AE)

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https://www.osul.com.br/acidente-com-morte-provoca-debate-sobre-o-perigo-de-se-exercitar-em-esteiras/ Acidente com morte provoca debate sobre o perigo de se exercitar em esteiras 2015-05-06
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