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Armando Burd Acúmulo de erros

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O pedido de impeachment tem vários geradores. O menos citado se chama Pedalada Fiscal, manobra contábil que a maioria da população nem acompanha.

O fator mais recente é o aumento do custo de vida. Pesa cada vez mais no bolso comprar alimentos e produtos básicos. Depois de 20 anos, a volta do fantasma da inflação assusta. Junto a isso, a queda da produção e o aumento do desemprego.

A causa mais remota é a corrupção. Começou com mensalão há 11 anos. Prosseguiu com o petrolão, que envolveu líderes do PT, empreiteiros coagidos e funcionários da maior estatal do País.

O impeachment decorre da lei de 10 de abril de 1950 que tem 83 artigos. Fundamenta-se em crimes de responsabilidade da Presidência da República, que o Senado ainda vai julgar. A decisão de ontem foi um juízo preliminar.

MÁS COMPANHIAS

O resultado mostrou que o governo está debilitado. Depois do rompimento com o PMDB, teve de buscar partidos menores e bem menos confiáveis. As primeiras informações dão conta de que os novos aliados não cumpriram com a promessa, mesmo tendo recebido favores do Executivo.

JÁ SÃO DEZ

Estão fardados para entrar em campo Carlos Ayres Britto, Henrique Meirelles, Armínio Fraga, Eliseu Padilha, José Serra, Paulo Skaf, Osmar Terra, Geddel Vieira, Henrique Eduardo Alves e Moreira Franco. São os escalados por Michel Temer.

LEVANDO PARA O BREJO

Carlos Lupi, manda-chuva do PDT, perde duplamente: com o placar de ontem e a expulsão dos deputados que votaram contra a orientação do diretório nacional. Cabe lembrar: Lupi foi posto para fora do Ministério do Trabalho pela presidente Dilma.

MOTIVO

A previsão era de número alto de ausentes. Muitos seguiram a orientação de Ulysses Guimarães. Dias antes da sessão que decidiu pelo impeachment de Fernando Collor, em 1992, declarou: “Só haverá uma justificativa para o deputado não comparecer. Uma só: o atestado de óbito. Se não for isso, é sem-vergonhice, é malandrice, é safadeza.”

MOMENTO DE DECISÃO

Faltam nove dias para o Supremo Tribunal Federal analisar o mérito da ação sobre os juros das dívidas estaduais com a União. Será uma guerra: o governo federal alega danos em torno de 300 bilhões de reais se sair perdedor. Os Estados torcem pela aceitação da liminar para sair do sufoco já que nem salários conseguem mais pagar.

RÁPIDAS

* No desfile de um a um dos deputados federais, pode-se ver o painel das excentricidades da Câmara.

* Os pronunciamentos dariam um amplo almanaque. Só faltou abrir o campeonato dos prolixos.

* Pelas repetidas referências feitas, os brasileiros conheceram ontem os nomes de boa parte dos familiares dos deputados.

* O radar de Eliseu Padilha sobre votação no plenário mais uma vez acertou.

* O líder do PMDB, Leonardo Picciani, ganhou o Troféu Obviedade, depois de dizer que “a votação de hoje não é uma brincadeira”.

* Os diretores de TV não precisam procurar ator para o papel de mordomo imperturbável: Eduardo Cunha parece ter feito curso no Actor’s Studio de Nova Iorque. Mesmo diante de ataques.

* O governo antes se dizia preocupado com a crise na administração. Agora, volta-se à administração da crise.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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A ORGIA DE MEFISTÓFELES!!!
Agora, um governo de Zumbis
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