Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2017
A defesa do empresário Eike Batista enviou documento à 7ª Vara Federal Criminal do Rio no último dia 27 em que pede para a prisão preventiva do cliente ser convertida em domiciliar. Na ocasião, Eike ainda estava nos Estados Unidos e era considerado foragido. O advogado Fernando Martins pede que, caso essa solicitação não seja acolhida, o cliente fique preso na Superintendência da Polícia Federal no Rio ou em “localidade com semelhante segurança”. Martins, que assina a petição, alega risco à vida do empresário.
“É notório que o requerente é empresário, com notória visibilidade no País, de forma que seu encarceramento deste modo, em estabelecimento penal em conjunto com diversas pessoas com conhecimento de sua então vida social e financeira, coloca sua integridade física em risco e torna iminente a ameaça à sua vida”, afirma o advogado no documento.
Na petição, Martins faz inúmeras críticas ao sistema carcerário no País. Eike foi preso nesta segunda-feira (30) ao retornar ao Brasil. Ele teve a cabeça raspada e foi transferido para Bangu 9, já que não tem ensino superior completo.
“É público e notório que o sistema carcerário no Brasil está falido. As recentes notícias no tema em comento provam que as penitenciárias se transformaram em verdadeiras “usinas de revolta humana”, uma bomba-relógio que o judiciário brasileiro criou no passado a partir de uma legislação que hoje não pode mais ser vista como modelo primordial para a carceragem no País”.