Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2016
Cena que vem se tornando rotineira na ação penal relativa à Operação Zelotes, advogados bateram boca com o representante da Procuradoria da República na Justiça Federal em Brasília.
A defesa do réu Halysson Carvalho Silva disse que seu cliente vem sendo assediado para fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público. A afirmação deu início ao embate.
O procurador responsável pelo caso, Frederico Paiva, acusou o advogado responsável pelo protesto, João Alberto Neto, de estar sendo antiético. “Conheci seu pai, que era advogado e agia com ética. Quero que se faça uma representação à OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] relatando o caso.”
O advogado Marcelo Leal, que representa o lobista Alexandre Paes dos Santos, fez coro à queixa do colega, reafirmando que os réus têm sido procurados para aderirem à delação. Paiva reagiu e disse que só procurou José Ricardo da Silva, outro lobista que responde ao processo.
“Por mudanças no paradigma do Judiciário brasileiro, a tática agora [das defesas] não é mais defender o mérito [das acusações]”, disparou o procurador, causando revolta entre as defesas.
Leal voltou a reagir: “Quero que o procurador nomeie uma tática chicaneira. Sua afirmação é muito grave e atinge a advocacia nacional. Pessoas estão sendo acusadas por suposições. Em nome da OAB quero fazer um protesto às palavras de vossa excelência.” (Folhapress)