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Política Aécio Neves presta depoimento à Polícia Federal em Brasília

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Segundo delatores da Odebrecht, o senador teria recebido a propina em conta em país asiático. (Foto: AE)

Ao prestar depoimento nessa quinta-feira  à Polícia Federal, o senador Aécio Neves (PSDB) pediu que “sejam identificados os beneficiários da conta bancária em Cingapura, mencionada pelo delator, mostrando, assim, não ter ele qualquer relação com a mesma”.

Aécio é investigado em inquérito aberto com base nas delações de executivos da empreiteira, entre eles Marcelo Odebrecht. Neste caso, o tucano é citado como suposto beneficiário de propina nas obras da hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia.  Segundo delatores da Odebrecht, o senador teria recebido a propina em conta no país asiático.

Odebrecht relatou em seu acordo de delação premiada que combinou pagamento de R$ 50 milhões ao senador. Desse total, R$ 30 milhões seriam repassados pela Odebrecht e os outros R$ 20 milhões pela Andrade Gutierrez. As duas empreiteiras integram o consórcio responsável pela construção de Santo Antônio.

Aécio chegou na PF por volta das 15h30min e saiu às 17h05min. O advogado Alberto Zacharias Toron, responsável pela defesa do senador, por meio de nota, disse que o empreendimento alvo da investigação era conduzido pelo governo federal e, portanto, como o tucano era da oposição ‘não há nada que o vincule às investigações em andamento’.

“Por se tratar de empreendimento conduzido pelo governo federal à época, ao qual o senador e seu partido faziam oposição, não há nada que o vincule às investigações em andamento”, assinalou Toron, em nota. “A defesa reitera que os próprios delatores afirmaram em seus depoimentos que as contribuições feitas às campanhas do PSDB e do senador nunca estiveram associadas a qualquer contrapartida.”

Embora o inquérito sobre o senador tenha origem no acordo de delação de executivos da Odebrecht, o acionista de outra empreiteira – a Andrade Gutierrez -, Sérgio Andrade, confirmou ter repassado R$ 35 milhões ao tucano em depoimento na mesma investigação.

Segundo o empresário, os valores foram repassados por meio de uma empresa de Alexandre Accioly, amigo do senador mineiro. Há cerca de seis meses, o delator Flávio Barra, ex-presidente da Andrade Gutierrez Energia, também relatou que o repasse a Accioly era referente a uma sociedade que nunca existiu de fato.

Na semana passada, os ministros da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) receberam denúncia contra o tucano pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça com base na delação premiada do Grupo J&F.

Ex-presidente nacional do PSDB, Aécio se tornou réu pela primeira vez por causa do episódio em que foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista.

Além da ação penal, o tucano é alvo de oito inquéritos que tramitam no Supremo – cinco com base na delação da Odebrecht, dois relacionados à colaboração do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) e outro do acordo da J&F.

Após a decisão da Primeira Turma, o senador disse que terá a oportunidade de ‘provar de forma clara e definitiva a absoluta correção’ de seus atos.

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https://www.osul.com.br/aecio-neves-depoe-na-policia-federal-em-inquerito-da-operacao-lava-jato-o-senador-e-reu-em-um-processo-e-responde-a-outras-oito-investigacoes/ Aécio Neves presta depoimento à Polícia Federal em Brasília 2018-04-26
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