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Economia Agência de classificação de risco vê incertezas políticas e ritmo fraco de recuperação econômica e altera de estável para negativa a perspectiva de bancos brasileiros

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A agência Moody's prevê deterioração de fundamentos financeiros. (Foto: Reprodução)

A agência de classificação de risco Moody’s alterou a perspectiva do sistema bancário brasileiro de estável para negativa e afirmou que o movimento reflete o risco de que as incertezas políticas possam causar deterioração adicional dos fundamentos financeiros dos bancos, em especial os riscos de ativos e a rentabilidade. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora a agência espere a continuidade da recuperação econômica brasileira, apoiada pela inflação mais baixa e pelos cortes na taxa de juros, “o crescimento permanecerá fraco”. A Moody’s prevê o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 0,5% neste ano e em 1,5% no próximo ano. “Em consequência, embora os bancos estejam saindo da recessão econômica, com risco de ativos administrável, não antecipamos uma redução material na inadimplência”, afirmou.

Para a Moody’s, apesar do alívio que a inflação e os juros mais baixos ofereçam à capacidade de pagamento dos tomadores, “a inadimplência seguirá alta nos próximos 12 a 18 meses devido aos níveis ainda elevados de desemprego e resultados corporativos fracos”.

De acordo com a vice-presidente sênior da Moody’s Ceres Lisboa, que é a principal autora do relatório, “nos últimos três meses, houve sinais iniciais de uma recuperação na concessão de crédito, mas o apetite por risco dos bancos permanece contido, enquanto a demanda por crédito corporativo é limitada, uma vez que os grandes tomadores continuam focados na de alavancagem em vez de em investimento devido à significativa capacidade ociosa”.

De acordo com a agência, a posição de liquidez dos bancos permanecerá robusta e as necessidades de captação continuarão limitadas. Além disso, a Moody’s afirmou que a perspectiva negativa para o sistema bancário reflete a perspectiva negativa do rating soberano do Brasil.

Inflação

Depois de seis reduções seguidas, o mercado financeiro ajustou a projeção para inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 2,95% para 2,98%, este ano. A estimativa é do boletim Focus, uma publicação divulgada toda segunda-feira no site do BC (Banco Central), com projeções para os principais indicadores econômicos.

Para 2018, a estimativa para o IPCA passou de 4,06% para 4,02%. Essa foi a sexta redução consecutiva. A estimativa para 2017 segue abaixo do piso da meta de 3%. A meta tem como centro 4,5% e limite superior, 6%. A informação foi divulgada pela Agência Brasil.

Na última sexta-feira (6), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o IPCA fechou o mês de setembro com variação de 0,16%, abaixo dos 0,19% de agosto. Nos primeiros nove meses do ano, o índice acumula variação de 1,78%, bem abaixo dos 5,51% registrados em igual período de 2016. Esta é a menor taxa acumulada setembro desde 1998, quando se registrou 1,42%. Em 12 meses o índice em 2,54%.

Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 8,25% ao ano.

Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. Já quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

A expectativa do mercado financeiro para a Selic permanece em 7% ao ano, tanto para o final de 2017 quanto para o fim de 2018.

A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, permanece em 0,70%, este ano. Para 2018, a estimativa de expansão passou de 2,38% para 2,43%.

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