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Brasil A agência de classificação de risco rebaixou a nota do Brasil, que ficou longe de ser um bom pagador

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A nota da dívida argentina foi de "B"+ para "B" em consequência da crise econômica no país. (Foto: Reprodução)

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou o Brasil para três níveis abaixo do grau de investimento com perspectiva estável. A redução da nota do País foi divulgada nesta quinta-feira.

A perspectiva estável significa que a agência terá de esperar pelo menos seis meses para alterar a nota do País. O grau de investimento representa a garantia de que o País não corre risco de dar calote na dívida pública.

O Brasil perdeu o grau de investimento da S&P, uma espécie de “selo de bom pagador”, em setembro de 2015. Desde então, a S&P e as outras duas principais agências, a Moody’s e a Fitch, fizeram sucessivos cortes na nota do País.

Em comunicado, a S&P informou que o Brasil está demorando para implementar as reformas que reduzam os riscos fiscais do País, principalmente a da Previdência. “Apesar de vários avanços da administração [Michel] Temer, o Brasil fez progresso mais lento que o esperado em implementar uma legislação significativa para corrigir a derrapagem fiscal estrutural e o aumento dos níveis de endividamento”, justificou a agência.

Desde fevereiro de 2016, o Brasil estava enquadrado dois níveis abaixo do grau de investimento. As outras duas principais agências de classificação de risco, Fitch e Moody’s ainda não alteraram a nota do País e continuam a manter o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento.

Meirelles lamenta

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, lamentou que o Congresso Nacional não tenha aprovado as medidas de ajuste fiscal que o governo encaminhou, motivo pelo qual atribuiu a nota do rebaixada pela agência de classificação de risco.
Além da reforma da Previdência, Meirelles mencionou entre as medidas ainda não aprovadas, a reoneração da folha de pagamento de empresas, a taxação dos fundos exclusivos, o adiamento do aumento dos servidores públicos (suspenso por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal) e o aumento de 10% para 14% da contribuição previdenciária dos servidores públicos.
Recentemente, Meirelles participou de uma conferência com representantes das agências internacionais de classificação de risco, com o objetivo de tentar convencê-los a não tomar uma decisão de rebaixar a nota do Brasil enquanto não houvesse a votação da reforma da Previdência, prevista para o mês que vem na Câmara.

Com a decisão da Standard & Poor’s, o Brasil corre o risco de ter a nota de classificação de risco rebaixada pelas demais agências (Fitch e Moody’s), que também participaram da conferência com o ministro.

Avaliação indica risco de calote

Um governo ou empresa consegue dinheiro vendendo títulos no mercado. Os investidores compram papéis com a promessa de receberem o dinheiro de volta no futuro com juros. Quando um governo ou empresa tem avaliação ruim, considera-se que há risco de dar um calote e não pagar esses investidores.

Se houver desconfiança sobre essa devolução, fica difícil conseguir vender esses títulos, e é preciso pagar mais juros aos investidores para compensar o risco maior.

O rating, ou classificação de risco, indica aos investidores se um país, empresa ou negócio é considerado um bom pagador ou não. O chamado grau de investimento, por exemplo, indica que tem baixo risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse país ou empresa terão risco próximo a zero.

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https://www.osul.com.br/agencia-de-risco-rebaixa-nota-do-brasil-que-fica-longe-de-ser-bom-pagador/ A agência de classificação de risco rebaixou a nota do Brasil, que ficou longe de ser um bom pagador 2018-01-11
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