Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de dezembro de 2016
Um prédio que abrigava escritórios de cassinos na Strip, avenida turística de Las Vegas (EUA) onde se concentra a jogatina, além de uma reprodução da torre Eiffel e uma pirâmide do Egito cenográfica, faz meses foi ao chão.
Nasceu no lugar dele um parque (ou o simulacro de um parque, já que estamos falando de Vegas, onde tudo é a imitação de algo) com a lanchonete Shake Shack, bares, árvores e banquinhos. Essa mudança arquitetônica é a ponta do iceberg do que está acontecendo na capital mundial dos jogos de azar. As opções de lazer que não envolvem fichas, dados e notas de um dólar são a nova aposta dos grandes empresários, motivados por pesquisas que apontam a preferência de jovens adultos por programas a céu aberto.
Mesmo os cassinos mais antigos correm atrás de programas para atrair jovens que torcem o nariz para caça-níqueis. Em uma noite de sexta-feira, centenas de pessoas pagavam centenas de dólares para ouvir o som do DJ Steve Aoki no clube noturno do hotel MGM Grand. Estão marcadas para o últimos mês do ano apresentações de outras estrelas do eletrônico, como Calvin Harris e Tiesto.
Centro das atenções.
Uma outra Vegas resiste, mesmo distante das zonas mais turísticas. O Antique Alley, ou beco das antiguidades, é um exemplo de negócio local que sobrevive à sombra das luzes dos cassinos. As lojas vendem refugos do que sobrou das casas de jogos após as constantes reformas – uma reprodução do letreiro da cidade custa 5 mil dólares (em torno de 17 mil reais).
Ali perto fica o centro de Vegas, que se reergue depois de décadas de decadência. Tony Hsieh, presidente do site de venda de sapatos Zappos, levou para a região o escritório de sua firma. Junto com os funcionários, veio um caminhão de dinheiro.
O Projeto Downtown vai investir 350 milhões de dólares (mais de 1 bilhão de reais) na revitalização do lugar. Cinco anos após seu início, o projeto inaugura os primeiros prédios residenciais, para aumentar a densidade habitacional da região. Andando pela área, a regra é ver pessoas com smartphones caros na mão, despreocupadas.
Nenhuma aposta ali é benemerente: no processo de investimento, Hsieh comprou terrenos da região, enquanto oferecia incentivos a dezenas de negócios para abrir suas portas ali. Um dos exemplos mais vistosos é o Container Park, shopping formado por contêineres, com lojas locais que oferecem bacon feito à mão ou fantasias politicamente corretas para crianças.
Para quem gosta de aventura, há a Fremont Street, coberta por um teto de luzes de LED alucinantes. Como na Strip, os cassinos ali nunca fecham, por mais que sejam menos sofisticados, como suas opções gastronômicas – o restaurante Heart Attack oferece comida grátis para clientes com mais de 158 quilos.
Para quem ainda tem amor às artérias e quer se aventurar na mesma rua, recomenda-se a tirolesa SlotZilla. O sujeito desliza por uma corda, a 34 metros de altura. A aventura sai por 45 dólares (cerca de 160 reais). (Folhapress)
Voltar Todas de Viagem e Turismo