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Colunistas Em defesa de Lula

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"O ex-presidente Lula foi “preso” pela Operação Aletheia. Foi usado o juridiquês – condução coercitiva – para amenizar o estrago da palavra prisão". (Foto: Celso Junior/AE)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O senador Delcídio do Amaral deve estar arrependido de ter trocado o PSDB pelo PT. Afinal ficou preso e ao que tudo indica abriu o bico para se livrar de acusações, as quais se porventura tivesse permanecido entre os tucanos sequer fariam cócegas em sua biografia. Ontem, o ex-presidente Lula foi “preso” pela Operação Aletheia. Foi usado o juridiquês – condução coercitiva – para amenizar o estrago da palavra PRISÃO. Dizem que não cabe buscar respostas a indagações no mínimo necessárias sobre o tratamento dispensado aos integrantes do Partido dos Trabalhadores e os outros de qualquer partido. Dane-se a patrulha. O PT, Lula e Dilma estão “sangrando” nas manchetes e na espetacularização promovida pelo super-juiz Moro, membros da MP e Polícia Federal nos últimos tempos. Vazamentos e prisões seletivas, sem qualquer demonstração de constrangimento.

Fica claro até ao mais desavisado cidadão que estamos diante da quebra do Estado de Direito quando assistimos a “prisão” do ex-presidente Lula. Algumas perguntas apenas para reflexão sobre os fatos. Por que nenhum juiz decidiu mandar prender os acusados na “Operação Alba Branca”, que envolve superfaturamento na Secretaria de Educação de São Paulo e vinte e duas prefeituras? Tirar a comida da boca de crianças famintas pode? As denúncias sobre a “Máfia das Merendas” foram escancaradas no ano 2000. 16 anos de impunidade. A CPI da Sabesp VAI CAIR NO ESQUECIMENTO COM SUBSTANCIAIS INDÍCIOS DE CORRUPÇÃO E INCOMPETÊNCIA TUCANA? O “propinoduto tucano” envolvendo multinacionais em sucessivos governos desde Mário Covas, com documentos enviados pelo governo suíço não empolgou nenhum juiz a mandar prender ou conduzir de forma coercitiva os acusados de um rombo bilionário? Nenhum juiz se habilita a produzir um espetáculo de prisão? A crise no abastecimento de água em São Paulo, o pagamento de uma dívida de R$ 1 bilhão para pagamento de dívidas da estatal enquanto o povo penava sem água não mexeu com os brios do Judiciário? O “propinoduto tucano”.

O esquema envolvendo multinacionais da área de transporte sobre trilhos em sucessivos governos tucanos – desde 1998 – veio à tona em meados de 2012. Documentos encaminhados pela Justiça suíça ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apontavam fraudes em licitações de trens e metrôs, pagamento de propina, superfaturamento de obras e subcontratação de empresas derrotadas em concorrências. O escândalo só foi descoberto porque a Siemens estava sendo investigada pela Justiça suíça. Também esse escândalo não comove nenhum membro do MP, para levar sob vara os acusados com provas enviadas pelo governo suíço? Rodoanel 1. Em 2010, durante as investigações da Construtora Camargo Corrêa, no escopo da Operação Castelo de Areia, a PF encontrou um pen drive e documentos que indicavam o pagamento de propina pela empreiteira a autoridades tucanas. Reportagem da revista Época (14.05.2010) apontava que entre os nomes citados pela PF estavam Arnaldo Madeira, ex-chefe da Casa Civil (governo Alckmin). Caiu no esquecimento de identidades ideológicas? Caso Alstom. Em 2008, documentos da Justiça suíça, enviados ao Ministério da Justiça do Brasil, evidenciavam o pagamento sistemático de propinas pela empresa francesa a autoridades dos governos tucanos. Entre 1998 a 2001, o dinheiro foi repassado por empresas offshore (paraísos fiscais) em troca da assinatura de contratos no setor energético paulista.

Tem mais. Temos muitas outras perguntas sobre a forma como se pratica a Justiça ideológica no Brasil. Pode parecer que estou defendendo Lula. E, sim, estou, pois contra ele temos indícios, suposições e delações de personagens com baixo índice de confiabilidade. Mas, se for comprovada a sua culpa que vá para uma masmorra. A pergunta que deve ser feita é: O Judiciário brasileiro aceita essas atitudes evidentemente com compromissos ideológicos soterrando princípios básicos do direito?

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/ah-se-ele-tivesse-permanecido-tucano/ Em defesa de Lula 2016-03-05
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