Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2015
O Facebook não deve impedir seus usuários de usar nomes “fakes” (falsos, em português), informou na terça-feira o órgão alemão de proteção aos dados pessoais. A Comissão de Proteção de Dados, responsável por supervisionar atividades que lidam com informações pessoais de alemães como o Facebook, comunicou que a rede social não pode alterar de forma unilateral os nomes que seus usuários escolheram e substituírem por seus nomes reais, muito menos pedir a eles que enviem suas identidades oficiais.
A decisão alemã foi tomada após uma mulher enviar uma reclamação à comissão. Por usar um pseudônimo, ela teve a conta bloqueada pelo Facebook. Após solicitar uma cópia de sua identidade, a rede social mudou o nome dela para o que estava no registro. A empresa fez isso sem pedir sua autorização.
Violação à privacidade
A mulher não quer usar seu nome oficial para evitar ser contatada via rede social sobre assuntos profissionais. A entidade considerou uma violação às leis de privacidade do país o Facebook ter forçado a alteração. “O uso de nomes autênticos no Facebook protege a privacidade e a segurança das pessoas ao garantir a elas que saibam com quem estão se conectando e compartilhando [informações]”, afirmou um porta-voz da empresa à imprensa. A rede social sustentou ainda que sua sede na Europa fica na Irlanda. Em 2011, a autoridade irlandesa de proteção de dados pessoais decidiu que a política de uso de nomes oficiais do Facebook não era ilegal.