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Armando Burd ALIANÇA PELA METADE

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Lula e Temer

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Nesta terça-feira, vão se completar dez anos de uma manobra cujo prejuízo se estende até hoje: para tentar superar a crise política, provocada pelas denúncias contra José Dirceu, a 23 de junho de 2005 foram entregues ao PMDB os ministérios de Minas e Energia, Saúde, Cidades e Integração Nacional. Com a maior bancada no Senado e na Câmara dos Deputados, os peemedebistas já detinham as pastas de Comunicações e Previdência Social. Durante almoço no Palácio do Planalto, que teve as participações de Renan Calheiros, Michel Temer e Aloizio Mercadante, o presidente Lula disse que a aproximação pretendia aumentar sua proteção no Congresso Nacional, onde estavam sendo apuradas evidências de corrupção com a CPI dos Correios e o episódio do mensalão.
No final do encontro, como presidente nacional do diretório Temer disse que “o presidente Lula considera indispensável nossa ampla participação no governo” e que “o convite não envolvia apoio ao PT na eleição de 2006”.
A aceitação da oferta ocorreu adiante, revelando-se benéfica apenas ao PMDB. Além de ocupar cargos, pouco fez. Nos momentos de dificuldades, negociou posições num jogo do toma-lá-dá-cá. Usou o poder para liberar verbas de parlamentares, trampolim costumeiro para a campanha eleitoral seguinte. A maioria folgada obtida com a aliança, para votar as reformas tão reclamadas pela população, não serviu para nada.
De prático, o governo aproveitou a postura sempre serena e equilibrada de Temer. Seu partido, porém, continuou sendo em cada estado uma república indepedente. Sem unidade, mais atrapalhou do que ajudou. Ao longo de muitas votações no Congresso, provou ser mais aliado da oposição.
O PMDB nunca assumiu os programas dos governos Lula e Dilma como seus. Paradoxalmente, em abril deste ano, o PT foi afastado do comando político e a função entregue a Temer e ao ministro Eliseu Padilha.
Voltas estranhas que o governo dependente precisou dar. Pelo que se desenha no horizonte, outras voltas surgirão.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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